Exército de Israel diz que iniciou 'primeira fase' de tomada da Cidade de Gaza e que já controla arredores da cidade
Fumaça é vista na Cidade de Gaza após bombardeio de Israel, em 13 de agosto de 2025. Dawoud Abu Alkas/ Reuters O Exército israelense iniciou os "primeiros estágios" da tomada da Cidade de Gaza, a mais populosa da Faixa de Gaza e já controla os arredores do local, anunciou o porta-voz Effie Defrin nesta quarta-feira (20). A tomada da cidade, que prevê uma ampla operação terrestre com tanques, soldados e intensos bombardeios, integra plano para captura total do território palestino aprovado pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no início de agosto, e vem sendo preparado pelas Forças Armadas desde então. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo Defrin, a nova ofensiva entrou em seus "primeiros estágios" após um confronto com o grupo terrorista Hamas, porém não deu mais detalhes. Israel ainda se prepara para lançar a ofensiva com força total, e para isso convocou outros 60 mil reservistas nesta quarta. A operação militar na Cidade de Gaza e seus arredores será "progressiva, precisa e seletiva", explicou, nesta quarta, um comandante militar. "Alguns destes locais são zonas nas quais não operamos anteriormente, onde o Hamas ainda mantém capacidade militar", detalhou. A operação "vai continuar até 2026", antecipou a rádio militar. A tomada total e gradual de Gaza ocorre após o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas israelenses, o tenente-general Eyal Zamir, ter discordado de Netanyahu sobre qual seria o próximo passo para buscar a vitória total contra o Hamas. Zamir tinha receios de que uma investida expandida contra a Cidade de Gaza colocaria em perigo as vidas dos reféns que ainda estão sob poder do Hamas, porém, disse na semana passada que governo e Exército estão unidos em prol do objetivo. Há alguns dias, a Cidade de Gaza vem sendo alvo de intensos bombardeios, a exemplo dos bairros de Zeitun e Al Sabra, atingidos nas últimas horas, segundo relatos os moradores a agências de notícias. Israel anuncia a convocação de 60 mil reservistas O governo Netanyahu não havia disse, até a última atualização desta reportagem, de forma mais clara quando pretende entrar de forma mais ampla na Cidade de Gaza. Mais de um milhão de palestinos estão refugiados na cidade, em campos de tendas, e muitos deles chegaram à cidade após serem deslocados pela guerra entre Israel e Hamas, iniciada em outubro de 2023. Os planos israelenses de expandir a guerra em Gaza após 22 meses de combates e mais de 61 mil mortos provocaram críticas internacionais e forte oposição interna. Dias depois, Israel virou alvo de mais críticas por ter matado seis jornalistas que atuavam na Faixa de Gaza, cinco deles funcionários da rede de TV árabe Al Jazeera. Especialistas alertaram para o risco de fome no território, onde Israel restringiu drasticamente a entrada de ajuda humanitária. Morte de seis jornalistas em Gaza provoca condenação da ONU e de governos A aprovação do plano foi divulgada também horas depois de o Hamas anunciar ter enviado uma delegação do grupo terrorista ao Cairo, no Egito, para "conversações preliminares" com as autoridades egípcias sobre uma trégua temporária. O ataque do Hamas em outubro de 2023, que desencadeou a guerra, provocou a morte de 1.219 pessoas, segundo um balanço da agência de notícias AFP baseado em números oficiais. A ofensiva israelense matou mais de 61.500 palestinos, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU. Palestinos passam pelos escombros de edifícios destruídos, em meio ao cessar-fogo entre Israel e o Hamas, na Cidade de Gaza, em 6 de fevereiro de 2025. REUTERS/Dawoud Abu Alkas/Foto de arquivo


Fumaça é vista na Cidade de Gaza após bombardeio de Israel, em 13 de agosto de 2025. Dawoud Abu Alkas/ Reuters O Exército israelense iniciou os "primeiros estágios" da tomada da Cidade de Gaza, a mais populosa da Faixa de Gaza e já controla os arredores do local, anunciou o porta-voz Effie Defrin nesta quarta-feira (20). A tomada da cidade, que prevê uma ampla operação terrestre com tanques, soldados e intensos bombardeios, integra plano para captura total do território palestino aprovado pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, no início de agosto, e vem sendo preparado pelas Forças Armadas desde então. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Segundo Defrin, a nova ofensiva entrou em seus "primeiros estágios" após um confronto com o grupo terrorista Hamas, porém não deu mais detalhes. Israel ainda se prepara para lançar a ofensiva com força total, e para isso convocou outros 60 mil reservistas nesta quarta. A operação militar na Cidade de Gaza e seus arredores será "progressiva, precisa e seletiva", explicou, nesta quarta, um comandante militar. "Alguns destes locais são zonas nas quais não operamos anteriormente, onde o Hamas ainda mantém capacidade militar", detalhou. A operação "vai continuar até 2026", antecipou a rádio militar. A tomada total e gradual de Gaza ocorre após o comandante do Estado-Maior das Forças Armadas israelenses, o tenente-general Eyal Zamir, ter discordado de Netanyahu sobre qual seria o próximo passo para buscar a vitória total contra o Hamas. Zamir tinha receios de que uma investida expandida contra a Cidade de Gaza colocaria em perigo as vidas dos reféns que ainda estão sob poder do Hamas, porém, disse na semana passada que governo e Exército estão unidos em prol do objetivo. Há alguns dias, a Cidade de Gaza vem sendo alvo de intensos bombardeios, a exemplo dos bairros de Zeitun e Al Sabra, atingidos nas últimas horas, segundo relatos os moradores a agências de notícias. Israel anuncia a convocação de 60 mil reservistas O governo Netanyahu não havia disse, até a última atualização desta reportagem, de forma mais clara quando pretende entrar de forma mais ampla na Cidade de Gaza. Mais de um milhão de palestinos estão refugiados na cidade, em campos de tendas, e muitos deles chegaram à cidade após serem deslocados pela guerra entre Israel e Hamas, iniciada em outubro de 2023. Os planos israelenses de expandir a guerra em Gaza após 22 meses de combates e mais de 61 mil mortos provocaram críticas internacionais e forte oposição interna. Dias depois, Israel virou alvo de mais críticas por ter matado seis jornalistas que atuavam na Faixa de Gaza, cinco deles funcionários da rede de TV árabe Al Jazeera. Especialistas alertaram para o risco de fome no território, onde Israel restringiu drasticamente a entrada de ajuda humanitária. Morte de seis jornalistas em Gaza provoca condenação da ONU e de governos A aprovação do plano foi divulgada também horas depois de o Hamas anunciar ter enviado uma delegação do grupo terrorista ao Cairo, no Egito, para "conversações preliminares" com as autoridades egípcias sobre uma trégua temporária. O ataque do Hamas em outubro de 2023, que desencadeou a guerra, provocou a morte de 1.219 pessoas, segundo um balanço da agência de notícias AFP baseado em números oficiais. A ofensiva israelense matou mais de 61.500 palestinos, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, considerados confiáveis pela ONU. Palestinos passam pelos escombros de edifícios destruídos, em meio ao cessar-fogo entre Israel e o Hamas, na Cidade de Gaza, em 6 de fevereiro de 2025. REUTERS/Dawoud Abu Alkas/Foto de arquivo
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