Fraude no INSS: governo usará recursos bloqueados de associações para pagar aposentados, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (9) que o governo vai utilizar os recursos bloqueados de entidades associativas investigadas no esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para fazer o ressarcimento aos aposentados lesados.   A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quinta-feira (8) que entrou com um pedido […]

May 9, 2025 - 19:00
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Fraude no INSS: governo usará recursos bloqueados de associações para pagar aposentados, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (9) que o governo vai utilizar os recursos bloqueados de entidades associativas investigadas no esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para fazer o ressarcimento aos aposentados lesados.

 

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quinta-feira (8) que entrou com um pedido de bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 associações investigadas.

 

“A notícia que tivemos da AGU é que um conjunto apreciável de recursos foi bloqueado das contas das associações que cometeram a fraude. Vamos fazer um balanço dessas iniciativas que a AGU está tomando. Quem tem que pagar a conta é quem cometeu o abuso, a fraude. Não é só responsabilidade penal, existe uma reponsabilidade civil também de ressarcimento a quem foi prejudicado”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Questionado se o governo vai precisar utilizar recursos próprios para complementar o ressarcimento aos aposentados prejudicados, Haddad disse apenas que vai aguardar o “desenrolar das coisas”. Ele participou nesta sexta de um evento na B3, em São Paulo (SP).

 

Segundo a AGU, o valor dos descontos feitos indevidamente pode ser muito maior e será calculado ao longo da transcorrer do processo.

Esse valor inicial foi calculado pela Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev).

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), por sua vez, dizem que o prejuízo pode chegar a R$ 6 bilhões, considerados os anos de 2019 a 2024.

 

Fraude no INSS: governo usará recursos bloqueados de associações para pagar aposentados, diz Haddad

AGU pediu o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades investigadas. Ministro não informou se será necessário uso de dinheiro público para complementar ressarcimentos.

Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

 

09/05/2025 11h35 Atualizado há 4 horas

 

Haddad: Valor bloqueado será usado para pagar aposentados

 

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (9) que o governo vai utilizar os recursos bloqueados de entidades associativas investigadas no esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para fazer o ressarcimento aos aposentados lesados.

 

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quinta-feira (8) que entrou com um pedido de bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 associações investigadas.

 

“A notícia que tivemos da AGU é que um conjunto apreciável de recursos foi bloqueado das contas das associações que cometeram a fraude. Vamos fazer um balanço dessas iniciativas que a AGU está tomando. Quem tem que pagar a conta é quem cometeu o abuso, a fraude. Não é só responsabilidade penal, existe uma reponsabilidade civil também de ressarcimento a quem foi prejudicado”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Questionado se o governo vai precisar utilizar recursos próprios para complementar o ressarcimento aos aposentados prejudicados, Haddad disse apenas que vai aguardar o “desenrolar das coisas”. Ele participou nesta sexta de um evento na B3, em São Paulo (SP).

 

Segundo a AGU, o valor dos descontos feitos indevidamente pode ser muito maior e será calculado ao longo da transcorrer do processo.

Esse valor inicial foi calculado pela Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev).

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), por sua vez, dizem que o prejuízo pode chegar a R$ 6 bilhões, considerados os anos de 2019 a 2024.

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Divulgação/Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Divulgação/Ministério da Fazenda

 

O que se sabe sobre a fraude

Segundo a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas ofereciam o pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados dos beneficiários.

 

Há registros de aposentados que, no mesmo dia, foram filiados a mais de uma entidade. A liberação de descontos “em lote” pelo INSS, sem autorização individual dos beneficiários, também foi identificada como um fator para a “explosão” de fraudes.

 

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão na última sexta-feira (2). A avaliação, nos bastidores do governo, é que houve omissão de Lupi.

 

Uma reportagem do Jornal Nacional revelou que o ministro recebeu os primeiros alertas em junho de 2023 e levou quase um ano para agir.

 

Fraude no INSS: governo usará recursos bloqueados de associações para pagar aposentados, diz Haddad

AGU pediu o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades investigadas. Ministro não informou se será necessário uso de dinheiro público para complementar ressarcimentos.

Por Alexandro Martello, g1 — Brasília

 

09/05/2025 11h35 Atualizado há 4 horas

 

Haddad: Valor bloqueado será usado para pagar aposentados

 

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (9) que o governo vai utilizar os recursos bloqueados de entidades associativas investigadas no esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para fazer o ressarcimento aos aposentados lesados.

 

A Advocacia-Geral da União (AGU) informou nesta quinta-feira (8) que entrou com um pedido de bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 associações investigadas.

 

“A notícia que tivemos da AGU é que um conjunto apreciável de recursos foi bloqueado das contas das associações que cometeram a fraude. Vamos fazer um balanço dessas iniciativas que a AGU está tomando. Quem tem que pagar a conta é quem cometeu o abuso, a fraude. Não é só responsabilidade penal, existe uma reponsabilidade civil também de ressarcimento a quem foi prejudicado”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Questionado se o governo vai precisar utilizar recursos próprios para complementar o ressarcimento aos aposentados prejudicados, Haddad disse apenas que vai aguardar o “desenrolar das coisas”. Ele participou nesta sexta de um evento na B3, em São Paulo (SP).

 

Segundo a AGU, o valor dos descontos feitos indevidamente pode ser muito maior e será calculado ao longo da transcorrer do processo.

Esse valor inicial foi calculado pela Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev).

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), por sua vez, dizem que o prejuízo pode chegar a R$ 6 bilhões, considerados os anos de 2019 a 2024.

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Divulgação/Ministério da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad — Foto: Divulgação/Ministério da Fazenda

 

O que se sabe sobre a fraude

Segundo a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas ofereciam o pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados dos beneficiários.

 

Há registros de aposentados que, no mesmo dia, foram filiados a mais de uma entidade. A liberação de descontos “em lote” pelo INSS, sem autorização individual dos beneficiários, também foi identificada como um fator para a “explosão” de fraudes.

 

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão na última sexta-feira (2). A avaliação, nos bastidores do governo, é que houve omissão de Lupi.

 

Uma reportagem do Jornal Nacional revelou que o ministro recebeu os primeiros alertas em junho de 2023 e levou quase um ano para agir.

 

 

Alessandro Stefanutto, que presidia o INSS e foi indicado ao cargo por Lupi, foi demitido após o escândalo ser revelado. Ele foi alvo de uma operação da PF para colher provas da fraude.

 

Tarifaço dos EUA

Sobre o tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, o ministro Fernando Haddad afirmou que não é razoável sobretaxar a América Latina — região com a qual os EUA têm superávit comercial (mais exportam do que importam).

 

Nesta semana, Haddad se encontrou com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em Los Angeles.

 

“Tarifar uma região que tem déficit não me parece muito razoável. Ele próprio [Scott Bessent] reconheceu que é uma anomalia taxar quem compra de você, mas falou que há espaço para sentar na mesa e negociar. Entendi que esse tipo de assunto não é tabu, e vai ser tratado com a devida responsabilidade e seriedade”, concluiu Haddad.

▶Em meados de março, entrou em vigor uma cobrança de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio nos Estados Unidos, um mês após assinatura de decreto pelo presidente Donald Trump.

 

▶E, no início de abril, foram anunciadas tarifas extras a produtos importados de diversos países.

 

▶A tarifa para os produtos brasileiros ficou em 10%, a exemplo dos produtos do Reino Unido, e abaixo dos 20% anunciados para a União Europeia e dos 34% para a China, por exemplo.

No caso dos produtos chineses, as taxas impostas pelos Estados Unidos aumentarão para 145%, o que causou retaliações de Pequim. Em abril, a China anunciou mais uma medida reciproca, e as tarifas impostas pelo país aos EUA chegaram a 125%.

 

Especialistas em relações internacionais ouvidos pela GloboNews avaliaram que o Brasil obteve “certa vantagem” – e um resultado “menos pior” que o imaginado – no “tarifaço” anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

 

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