Fronteira dominada pelo tráfico no AM tem menos PMs do que na Paulista
Tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia é dominada por facções e batalhão da PM conta com 156 homens para área igual a Portugal

O batalhão responsável pelo policiamento dos municípios do Alto Solimões, no Amazonas, conta com 156 policiais militares para atender a uma área de 96 mil quilômetros quadrados, equivalente ao território de Portugal. Como comparação, só os 3 km da Avenida Paulista, em São Paulo, têm efetivo maior empregado apenas na Operação Delegada (173), que tem como foco o comércio ambulante.
A desproporção no policiamento da avenida mais famosa da capital paulista e a principal porta de entrada da cocaína na região norte do país é apenas um dos pontos que chamam a atenção de quem tenta desvendar os caminhos do crime nas fronteiras da região.
As dificuldades da PM no combate ao tráfico no Alto Solimões não se restringem ao efetivo do local, daí o pedido de ajuda da Secretaria Estadual da Segurança Pública ao governo federal, que conta com as Forças Armadas na região
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Barco cruza o Rio Javari, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles2 de 51
PM pilotando barco no Rio Solimões, em Tabatinga (AM)William Cardoso/Metrópoles3 de 51
Militares em Benjamin Constant (AM), no Rio JavariWilliam Cardoso/Metrópoles4 de 51
Pichações em área de atuação do Comando Vermelho, em Letícia, na ColômbiaWilliam Cardoso/Metrópoles5 de 51
Embarcação no Rio Javari, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles6 de 51
Porto de Benjamin Constant, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles7 de 51
Embarcação em rio da AmazôniaWilliam Cardoso/Metrópoles8 de 51
Porto de Benjamin Constant, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles9 de 51
Embarcação no Rio Javari, em Benjamin ConstantWilliam Cardoso/Metrópoles10 de 51
Porto de Benjamin Constant, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles11 de 51
Embarcação em rio amazônicoWilliam Cardoso/Metrópoles12 de 51
Imagem mostra embarcação em Tabatinga (AM)William Cardoso/Metrópoles13 de 51
Embarcação no Rio JavariWilliam Cardoso/Metrópoles14 de 51
Serraria na margem peruana do Rio JavariWilliam Cardoso/Metrópoles15 de 51
orto de Benjamin Constant, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles16 de 51
Porto de Benjamin Constant, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles17 de 51
Barco no Rio Javari, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles18 de 51
Barco ambulância no Rio Javari, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles19 de 51
Tenente-coronel Castro Alves, em embarcação no Rio JavariWilliam Cardoso/Metrópoles20 de 51
Pistola de policial no Rio Javari, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles21 de 51
Arco-íris sobre o Rio Javari, em Atalaia do NorteWilliam Cardoso/Metrópoles22 de 51
Embarcação no Rio Javari, em Atalaia do Norte (AM)William Cardoso/Metrópoles23 de 51
Indígena ferido por ferrão de arraia em Atalaia do Norte (AM)William Cardoso/Metrópoles24 de 51
Índigena sendo socorrido em Atalaia do Norte (AM)William Cardoso/Metrópoles25 de 51
Rua do porto em Atalaia do Norte (AM)William Cardoso/Metrópoles26 de 51
Pescador mostra piranha no mercado municipal, em Atalaia do Norte (AM)William Cardoso/Metrópoles27 de 51
Quadro de distâncias e tempo de viagem em barco rápido na Prefeitura de Atalaia do Norte (AM)William Cardoso/Metrópoles28 de 51
Garrafas com gasolina à venda, em Atalaia do Norte (AM)William Cardoso/Metrópoles29 de 51
Barco da PM no Rio Javari, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles30 de 51
Cemitério em Atalaia do Norte (AM)William Cardoso/Metrópoles31 de 51
Fachada de igreja em Atalaia do Norte, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles32 de 51
Esculturas de peixes em Atalaia do Norte, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles33 de 51
Letreiro em Atalaia do Norte, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles34 de 51
Garrafas com gasolina à venda, em Atalaia do Norte (AM)William Cardoso/Metrópoles35 de 51
Família em moto em Atalaia do Norte (AM)William Cardoso/Metrópoles36 de 51
Casa de apostas em Atalaia do Norte (AM)William Cardoso/Metrópoles37 de 51
Tuc-tuc em Letícia, na ColômbiaWilliam Cardoso/Metrópoles38 de 51
Fronteira entre Brasil e ColômbiaWilliam Cardoso/Metrópoles39 de 51
Fronteira entre Brasil e ColômbiaWilliam Cardoso/Metrópoles40 de 51
Pichações em área de atuação do Comando Vermelho, em Letícia, na ColômbiaWilliam Cardoso/Metrópoles41 de 51
Policial colombiano diante de porto em Letícia, na Colômbia, com vista para a ilha de Santa Rosa, no PeruWilliam Cardoso/Metrópoles42 de 51
Pichações em área de atuação do Comando Vermelho, em Letícia, na ColômbiaWilliam Cardoso/Metrópoles43 de 51
Fronteira entre Tabatinga (BRA) e Letícia (COL)William Cardoso/Metrópoles44 de 51
Policiais militares e cães farejadores em Tabatinga (AM)William Cardoso/Metrópoles45 de 51
Presídio em Tabatinga, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles46 de 51
Divisa entre Tabatinga (BRA) e Letícia (COL)William Cardoso/Metrópoles47 de 51
Humberto Freire, da PF, em ManausWilliam Cardoso/Metrópoles48 de 51
Teatro Amazonas, em ManausWilliam Cardoso/Metrópoles49 de 51
Mario SarruboWilliam Cardoso/Metrópoles50 de 51
Porto em Manaus, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles51 de 51
Pichação do Comando Vermelho em Manaus, no AmazonasWilliam Cardoso/Metrópoles
No Amazonas, as distâncias são colossais. O estado chega a ter dois fusos horários diferentes, tanto que Tabatinga, onde fica a sede do batalhão, está uma hora atrás da capital Manaus e a duas do horário de Brasília.
A partir de Tabatinga, PMs chegam a gastar 11 horas em lancha rápida para acessar pontos distantes na cidade de Tonantins. Como comparação, seria tempo suficiente para fazer uma viagem de ida e volta entre São Paulo e o Rio de Janeiro, com um carro.
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Nem sempre, porém, a distância em quilômetros é o que define a principal dificuldade para se fazer o patrulhamento. Há situações em que, após 2 horas de lancha rápida, os PMs são obrigados a caminhar por mais 5 horas no interior da mata fechada até alcançar os criminosos.
Custos
Os custos de qualquer incursão também são gigantescos. Uma lancha com dois motores, em velocidade de cruzeiro, pode consumir 100 litros de combustível por hora, em uma região onde a gasolina e o diesel estão entre os mais caros do país.
O deslocamento de uma embarcação ao longo de pouco mais de 6 horas, em patrulha, pelos rios do Alto Solimões, sairia por algo em torno de R$ 5.000, só em combustível. No caso de uma perseguição, em velocidade máxima, o consumo dobra.
As características do Solimões também tornam difícil a manutenção das embarcações. O rio traz consigo tantos sedimentos que “lixa” os barcos, chegando a afiar as quilhas e a promover rachaduras nos cascos. O uso de motos aquáticas também é pouco recomendável.
A região do Alto Solimões é formada por Tabatinga, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antonio do Içá e Tonantins.
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