Gaza: Médicos Sem Fronteiras suspendem atividades após cerco de Israel
ONG comunicou que foi forçada a recuar após ofensiva israelense. Atendimentos médicos seguem sendo oferecidos no sul da Faixa de Gaza

A organização não governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou nesta sexta-feira (26/9) que suspendeu suas atividades médicas na cidade de Gaza devido a ataques israelenses. A ONG comunicou que vem sofrendo ataques aéreos contínuos e que tanques de guerra se aproximaram a menos de 1 km de suas instalações.
“Os ataques crescentes das forças israelenses criaram um nível inaceitável de risco para nossa equipe, resultando na interrupção de serviços médicos vitais”, informou a MSF.
As clínicas da ONG, na última semana, realizaram mais de 3640 consultas e trataram 1655 pacientes com quadros de desnutrição.
No sul da Faixa de Gaza, a organização segue oferecendo atendimentos médicos e cuidados intensivos. Na cidade de Khan Younis, o Médicos Sem Fronteiras vem apoiando o Hospital Nasser e administra três centros de saúde primária.
Na região central do território, o MSF apoia o departamento de emergência e a clínica de tratamento de traumas do Hospital Al-Aqsa, e opera dois hospitais de campanha em Deir Al-Balah. A atuação da ONG se dá em um contexto de diversos hospitais fechados na região.
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A organização fez um apelo às autoridades israelenses pedindo segurança.
“Apelamos pelo fim imediato da violência e por medidas concretas para proteger os civis. As autoridades israelenses devem garantir imediatamente a segurança e o acesso irrestrito para que as organizações humanitárias continuem realizando seu trabalho na Cidade de Gaza. É igualmente essencial que sejam garantidas condições adequadas para a prestação segura e contínua de cuidados médicos e de assistência humanitária — condições essas que, evidentemente, não estão em vigor neste momento.”, instou a ONG.
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