GDF faz estudo para mapear “falsos moradores de rua” no fim do ano
A ação busca garantir que as doações de fim de ano cheguem à famílias em real estado de vulnerabilidade, impedindo fraudes
O Governo do Distrito Federal (GDF) realizou um mapeamento com as pessoas que estão nas vivendo nas ruas do Distrito Federal. O objetivo foi identificar se essas pessoas estão realmente em situação de vulnerabilidade social. Anualmente, observa-se um aumento de alojamentos e barracas nas ruas na capital federal, durante o período de fim de ano e agora, a Casa Civil realiza uma ação específica para garantir que as doações de fim de ano cheguem à famílias que realmente precisam e não a “falsos moradores de rua”.
O levantamento feito pelo GDF revelou que a maioria das pessoas em situação de rua durante o fim de ano tem casa e renda satisfatória. Em geral, são pessoas que moram no Entorno do DF que vem até o Plano Piloto para enganar quem deseja ajudar os desabrigados.
“Quem doa acredita estar ajudando alguém em situação de vulnerabilidade mas, na verdade, acaba doando para quem não precisa e que, muitas vezes, revende o que recebe”, disse o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha.
O GDF e a Casa Civil, com o apoio da Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do DF (DF Legal), a Secretaria do Desenvolvimento Social (Sedes-DF), além da Polícia Militar do DF (PMDF) e o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF), realizam o mapeamento através da colheta de dados de pessoas cadastradas em programas sociais do DF onde é comprovado a situação financeira, para verificar quem de fato necessita das doações e quem está fingindo.
O governo orienta que quem deseja doar para famílias carentes, procure entidades sérias e devidamente credenciadas. No site da Sedes é possível acessar a lista completa de instituições habilitadas para direcionar as doações a quem realmente necessita.
“Com base nas informações colhidas durante as ações, estamos realizando um mapeamento para identificar quem realmente vive em situação de rua e precisa ser acolhido e quem está se passando por pessoa em situação de rua para receber doações”, explicou o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha.
Ações de acolhimento
Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) o estudo mais recente do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), aponta que são 3.521 pessoas em situação de rua no DF. Deste total, 16% são mulheres. No entanto, no período de fim de ano esse número aumenta.
Desde de maio do ano passado, o GDF começou a executar o Plano de Ação para a Política Distrital para a População em Situação de Rua, com ações semanais em várias regiões do DF.
Desde então, já foram realizadas mais de 401 ações de acolhimento, com 2.969 atendimentos realizados. “O número não significa que 2.969 pessoas foram atendidas, tendo em vista que trata-se do somatório diário de atendimentos das equipes e uma pessoa pode ter sido atendida mais de uma vez”, informou a Casa Civil ao Metrópoles.
Durante as ações de acolhimento, as famílias recebem orientações e oferta de diversos serviços em áreas como saúde, educação e assistência social. Também é oferecido um auxílio excepcional de R$ 600 para aqueles sem condições de pagar aluguel. Vagas em abrigos, programas de qualificação profissional — como o RenovaDF — e o cadastro para unidades habitacionais também estarão disponíveis.
“O papel do GDF é garantir proteção social e ofertar políticas públicas integradas e adequadas, capazes de fortalecer a autonomia desse público e, consequentemente, contribuir para a saída das ruas”, pontuou a Casa Civil.
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Idosa sentada sobre a cadeira de rodas em situação de rua, em ocupação na região central de Brasília| Breno Esaki/Metrópoles
Ao redor da ocupação, é possível ver uma árvore de Natal com efeiteis e uma barraca| Breno Esaki/Metrópoles
mulher sentada em frente a barraca -improvisada no canteiro da L2 norte| Breno Esaki/Metrópoles
Idosa cadeirante em frente a barraca sob o canteiro| Breno Esaki/Metrópoles
Outros barracos menores na região central de Brasília| Breno Esaki/Metrópoles
Criança e idosa em frente a moradia improvisada| Breno Esaki/Metrópoles
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Registro de três meninas com uma mulher idosa em situação de rua, em Taguatinga. A reportagem flagrou o momento de carinho de uma das crianças com a mulher| Breno Esaki/Metrópoles
No local, é possível ver brinquedos, dois barracos de lona e, ao fundo, um carro branco estacionado| Breno Esaki/Metrópoles
Na mesma região, havia também três barracos de lona em frente à subestação do Metrô-DF| Breno Esaki/Metrópoles
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Registro de uma mulher com uma criança de colo dentro de um carro estacionado próximo a um shopping em Taguatinga| Breno Esaki/Metrópoles
Crianças em situação de rua brincam no canteiro| Breno Esaki/Metrópoles
Tenda improvisada com um homem, uma mulher e uma criança de colo. No local, foi possível perceber que o automóvel é usado como uma espécie de depósito para objetos pessoais| Breno Esaki/Metrópoles
Crianças, adultos e barracos de lona foram registrados no local| Breno Esaki/Metrópoles
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Este foi o maior acampamento improvisado registrado na via N4, em Brasília, com barracos de lona em ambos os lados da via, sobre o canteiro| Breno Esaki/Metrópoles
Um homem armado com um facão foi visto no local, cercado por barracos de lona e mantimentos, como água| Breno Esaki/Metrópoles
Entre as árvores, foram instaladas barracas de lona na região central de Brasília| Breno Esaki/Metrópoles
Um idoso foi visto do outro lado da via, em frente a uma moradia de lona| Breno Esaki/Metrópoles
A direita, um homem munido com um facão foi visto; ao fundo, há caixas organizadas com possíveis mantimentos, além de lixo em chamas que produz fumaça branca| Breno Esaki/Metrópoles
Uma criança e um homem foram vistos no meio do acampamento| Breno Esaki/Metrópoles
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