General: Brasil é “boi de piranha” para Trump assustar nações gigantes
O general Paulo Chagas, candidato ao GDF em 2022, avaliou nas redes que Trump usa o Brasil para "mandar recado" aos gigantes do Brics

O general Paulo Chagas usou as redes sociais para avaliar a atual situação da política brasileira. Segundo ele, o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, ao taxar produtos brasileiros e revogar o visto de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), está “usando” o Brasil como “boi de piranha”.
O militar da reserva, que foi candidato a governador do DF em em 2022, afirmou que a real intenção de Trump seria mandar um recado aos países do Brics. “A leitura mais plausível, do ponto de vista geoestratégico é que o Brasil está sendo usado como ‘boi de piranha’ — um alvo periférico, porém simbólico — para emitir um recado claro aos gigantes do Brics”, escreveu.
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Chagas ainda disse que o apoio de Trump ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é superficial. “A suposta amizade com Bolsonaro é apenas um verniz superficial para um jogo muito maior”.
Ao menos 8 ministros do STF podem ser atingidos com sanções de Trump
Sanções de Trump
A decisão do governo norte-americano de suspender o visto do ministro do STF Alexandre de Moraes, de seus aliados na Corte e de familiares próximos de todos eles, decorre da determinação de Moraes que impôs a Bolsonaro o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acessar as redes sociais.
A Primeira Turma do STF formou maioria, nesta sexta, para confirmar a decisão de Moraes. O placar está em 4 a 0 pela determinação do relator. São cinco ministros na Turma.
Moraes acusado
- Moraes tem sido acusado de promover censura por meio de ordens judiciais. Segundo parlamentares dos EUA, as ordens do ministro atingem empresas localizadas nos EUA e cidadãos que estão no país.
- Tudo começou após o ministro do STF suspender o X no Brasil, em 2024, depois de a rede social descumprir determinações judiciais em solo brasileiro.
- O ministro brasileiro chegou a ser alvo de ação judicial apresentada pela plataforma Rumble, em parceria com uma empresa de Trump. Elas pediam que não fossem obrigadas a cumprir ordens de Moraes.
- Desde que Moraes bloqueou a Rumble, a rede, junto à Truth Social (de Donald Trump), ingressou com uma ação judicial contra o ministro no tribunal da Flórida, onde o processo tramita.
Operação contra Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes afirmou, ao autorizar a operação da Polícia Federal realizada nessa sexta-feira (18/7), que “lamentavelmente” o ex-presidente e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), comemoraram “gravíssima agressão estrangeira” e instigaram os EUA a tomarem “novas medidas e atos hostis” contra o Brasil.
“Lamentavelmente, o investigado Eduardo Nantes Bolsonaro e o réu Jair Messias Bolsonaro comemoraram a gravíssima agressão estrangeira ao Brasil, manifestando-se favoravelmente às ‘sanções/taxações’ e instigando o governo norte-americano a tomar novas medidas e atos hostis contra o Brasil, inclusive para ‘submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado, com clara afronta à soberania nacional’, como se verifica em várias manifestações nas redes sociais e na imprensa”, escreveu Moraes.
A PF apresentou o pedido de busca e apreensão contra o ex-presidente. A medida também teve aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Ao citar exemplos de que o ex-presidente atuou, junto ao filho, para apoiar as tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Moraes considerou que as ações dos dois são de “gravíssima agressão estrangeira ao Brasil”.
O ministro pontuou que as condutas dos dois caracterizam claros e expressos atos executórios e flagrantes confissões de práticas criminosas, especialmente aqueles de coação, obstrução de investigação e atentado à soberania.
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