Homem é preso por plantar maconha e diz que droga era para avó
Polícia Civil de Santos, no litoral de SP, encontrou estufa de maconha e apetrechos para consumo e comercialização da droga

A Polícia Civil de Santos, no litoral de São Paulo, prendeu em flagrante, nesta segunda-feira (21/7) um homem que mantinha no apartamento uma estufa para plantio de maconha, além de vários apetrechos para o cultivo e desenvolvimento da substância cannabis.
As drogas foram localizadas em operação que cumpria mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça em dois apartamentos localizados no mesmo prédio, na avenida Rei Pelé, no bairro Ponta da Praia.
No local, foram apreendidos: maconha em porções e embalada; cogumelos embalados a vácuo, com aparência de psilocibina (droga sintética); dois selos com características visuais similares ao LSD; estufas contendo plantas de cannabis em diferentes estágios de desenvolvimento; materiais e apetrechos para cultivo e fracionamento (plásticos, vidros etiquetados, vaporizador portátil modular); caderno com anotações que indicam controle de produção e possíveis transações comerciais (quantidades e valores). Veja vídeo:
Maconha era para a avó
A equipe do 3º Distrito Policial de Santos também descobriram que a mãe e a avó do suspeito moram em um dos apartamentos vistoriados durante a operação.
Questionada, a mãe do suspeito contou aos policiais que a avó dele sofre de Alzheimer, está acamada e, por isso, ele extrai o canabidiol da planta cultivada e administra doses para a idosa, “sem qualquer tipo de prescrição médica ou acompanhamento profissional, o que configura atividade de manipulação e dispensação irregular de substância sujeita a controle sanitário, à margem das normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com risco potencial à saúde da paciente”, complementa relatório policial obtido pelo Metrópoles.
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Polícia Civil encontra plantação de maconha em apartamento no litoral de São PauloDivulgação/Polícia Civil de Santos2 de 7
Drogas estavam embaladas e prontas para a comercializaçãoDivulgação/Polícia Civil de Santos (SP)3 de 7
Polícia Civil encontra plantação de maconha em apartamento em Santos, no litoral de São PauloDivulgação/Polícia Civil de Santos (SP)4 de 7
Um cinzeiro com cigarros de maconha já consumidos foram apreendidos e serão incluídos em inquérito policialDivulgação/Polícia Civil de Santos (SP)5 de 7
Policiais civis também descobriram apetrechos para uso e cigarros de maconha já consumidosDivulgação/Polícia Civil de Santos (SP)6 de 7
Também foram encontrados produtos para o cultivo e desenvolvimento da plantação de maconhaDivulgação/Polícia Civil de Santos (SP)7 de 7
As equipes policiais também apreenderam anotações que sugerem comercialização da droga pelo suspeito presoDivulgação/Polícia Civil de Santos (SP)
Como defesa, o homem disse aos policiais que possui autorização judicial para o cultivo de cannabis com objetivos medicinais, mas não apresentou documentação completa que comprove a validade e os exatos limites dessa autorização judicial. Ele também não mostrou a autorização sanitária para a manipulação de extratos e derivados de cannabis nem prescrição médica para uso por terceiros, “situação que extrapola em muito a suposta finalidade terapêutica.”
“O que precisamos destacar é que o cultivo de cannabis para fins medicinais exige rigoroso cumprimento da legislação, com autorização judicial específica, acompanhamento médico e observância das normas da Anvisa. Quando esses critérios são desrespeitados, estamos diante de crime, não de tratamento”, declarou a delegada Ligia Villela. titular do 3º DP de Santos.
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Uma mulher que seria a companheira do suspeito também estava em um dos apartamentos, onde foram encontrados três cigarros parcialmente consumidos sobre a cama do casal, além de um vaporizador. Para a polícia, esses materiais comprovam o uso recreativo e pessoal da substância, paralelamente à finalidade declarada por ele.
Dessa forma, a diversidade e a quantidade das substâncias ilícitas encontradas, o modo de acondicionamento, a existência de apetrechos típicos de preparo e fracionamento da droga, os registros manuscritos compatíveis com controle de produção e comércio, a manipulação irregular de extrato para uso em terceiro sem autorização legal ou médica, e os indícios de uso pessoal recreativo, indicam conduta que ultrapassa o cultivo autorizado para fins medicinais, revelando provável prática dos crimes tipificados nos artigos 33 e 34 da Lei de Drogas”, diz ainda o relatório policial.
A mulher não foi autuada em flagrante pelos crimes, mas constará como investigada no inquérito.
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