Giolaser: Carla Sarni foi condenada cinco dias após registrar BO contra Torloni

Na ação, outra franqueada apontou prejuízos decorrentes do modelo de negócios considerado inviável pelo ator e empresário Leonardo Torloni

Dezembro 12, 2025 - 15:30
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Giolaser: Carla Sarni foi condenada cinco dias após registrar BO contra Torloni

A empresária Carla Sarni foi condenada, no dia 10 de dezembro, a indenizar uma franqueada da Giolaser. O valor estabelecido na sentença do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) foi de R$362.960,14. Os prejuízos da franqueada, no entanto, de acordo com os autos, foi bem maior: R$ 876.990,18.

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A condenação ocorreu cinco dias depois de Carla Sarni procurar uma delegacia de polícia para registrar um Boletim de Ocorrência contra Leonardo Torloni, filho da atriz Christiane Torloni e do diretor Dennis Carvalho. Na ocasião, a empresária afirmou que Leonardo teria afirmado que iria denunciá-la à imprensa caso ela não pagasse a ele R$ 3,9 milhões.

Carla acusa Torloni de extorsão. Ele, por outro lado, afirma que busca de maneira legal o ressarcimento de prejuízos decorrentes do modelo de negócios inviável vendido por Carla, que é CEO do Grupo Salus — responsável por diversas franquias, entre elas a Giolaser, especializada em depilação e tratamentos estéticos, e a Sorridentes, de clínicas odontológicas;

Leonardo tinha franquias tanto Giolaser quanto da Sorridents. Ele afirma ter investido mais de R$ 7 milhões, acumulando perdas superiores a R$ 11 milhões; enquanto a franqueadora teria obtido mais de R$ 3 milhões em royalties no mesmo período.

Nos autos da condenação, a franqueada aponta problemas semelhantes aos citados por Leonardo na negociação com Carla. A franqueada que acionou a Justiça afirmou, nos autos, que foi atraída pela propaganda da Giolaser, que prometia alta rentabilidade, inclusive associando a marca à atriz Giovanna Antonelli, que foi sócia de Carla no negócio.

A franqueada, então, conta que após assumir a unidade constatou que a “clínica era inviável economicamente, acumulando prejuízos mensais acima de R$ 50 mil”. A autora da ação também afirma que a franqueadora “realizou práticas abusivas, como cobranças indevidas, retenções automáticas de valores, lançamentos sem respaldo, exclusão da autora de grupos oficiais e uso enganoso da imagem de Giovanna Antonelli mesmo após sua saída da sociedade”.

Na sentença, o juiz Fábio Henrique Prado de Toledo determinou a anulação do contrato de franquia celebrado entre as partes e condenou Carla Sarni e o Grupo Salus a ressarcir a autora do processo em R$ 362.960,14.

Investigação por propaganda enganosa e pirâmide financeira

Como revelou a coluna, Carla Sarni e a atriz Giovanna Antonelli são investigadas por crimes graves, como propaganda enganosa e pirâmide financeira. A atriz deixou a sociedade a empresária logo após o Ministério Público de São Paulo (MPSP) aceitar a primeira denúncia contra o grupo, no fim de 2024.

O processo cível pede indenização de R$ 2,2 milhões e aponta a ocorrência de promessas enganosas e a inviabilidade de manter uma franquia da Giolaser aberta, sem acumular prejuízos por, entre outros fatores, cobranças não previstas no contrato e imposição de taxas.

O rompimento do contrato, no entanto, não impediu que Giovanna fosse alvo de um novo inquérito, desta vez criminal, instaurado no último dia 3 de junho. A denúncia indica o cometimento dos crimes de concorrência desleal, propaganda enganosa, crime contra a economia popular, falsidade ideológica, por meio de adulteração de documentos contábeis, e pirâmide financeira. A representação criminal foi assinada por 46 franqueados e ex-franqueados do grupo.

“É para pressionar, não é para conversar com franqueado”

Além das denúncias formais protocoladas no Ministério Público de São Paulo (MPSP), franqueados de empresas do Grupo Salus relatam uma rotina de ofensas, ameaças e medo.

Em um áudio obtido pelo Metrópoles, Carla xinga e grita com funcionários exigindo que eles pressionem os franqueados. A gravação foi feita durante uma reunião onde ela teria questionado os resultados financeiros das unidades do grupo.

“Vai pra puta que pariu. Não é para falar com o cara, é para pressionar o cara. Isso tem uma diferença gigante. Eu bater papo com franqueado e eu pressionar o franqueado”, diz Carla na gravação.

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