Gleisi celebra retirada de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros
Ministra das Relações Institucionais destaca mobilização do governo e diz que Lula conduziu negociações com "seriedade e altivez"
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), comentou nesta quinta-feira (20/11), sobre a decisão do governo dos Estados Unidos de retirar as tarifas extras de 40% aplicadas sobre produtos brasileiros. A medida foi anunciada após negociações entre o governo brasileiro e autoridades norte-americanas.
Em publicação na rede X, Gleisi destacou que, desde o primeiro momento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manteve mobilizado para reverter a medida.
“Essa é uma grande vitória do presidente Lula na defesa do país. Desde o primeiro momento ele se manteve firme diante dos ataques à nossa soberania, mobilizou a sociedade e contou com o trabalho de uma grande equipe de negociadores, sob a comando do vice-presidente @geraldoalckmin em coordenação com o Itamaraty”, escreveu.
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Gleisi também afirmou que o presidente conduziu as as conversas com Donald Trump “com seriedade e altivez”, o que, segundo ela, confirma “que é um verdadeiro líder”.
Por fim, a ministra classificou a medida dos EUA como “vitória do Brasil” e “enorme derrota dos traidores da pátria”, citando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e políticos que, segundo ela, “comemoraram o tarifaço contra o país”, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Recuo do governo dos EUA foi anunciado nesta quinta
O governo dos Estados Unidos publicou, nesta quinta-feira (20/11), a lista de produtos brasileiros que deixam de ser atingidos pelo tarifaço de 40% imposto em julho deste ano. A medida faz parte da nova ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump, que revisa parcialmente o Decreto 14323 após avanços nas negociações com o governo brasileiro.
A retirada das tarifas passa a valer, de forma retroativa, a partir de 00h01 de 13 de novembro de 2025, e beneficia especialmente setores do agronegócio — principal alvo do impacto inicial do tarifaço. Na última sexta-feira (14/11), o governo norte-americano já havia anunciado mudanças sobre as tarifas recíprocas ligadas ao déficit comercial geral dos EUA, no valor de 10%.
Com a decisão desta quinta, as tarifas adicionais de 40% sobre carne bovina fresca, resfriada ou congelada, produtos de cacau e café, certas frutas, vegetais e nozes, e fertilizantes foram zerados.
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