Gleisi diz ao STF que discorda de audiência de conciliação com Gayer

A ministra apresentou ao STF uma queixa-crime contra o deputado Gustavo Gayer após ele a chamar de "GP", garota de programa na rede X

May 5, 2025 - 14:30
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Gleisi diz ao STF que discorda de audiência de conciliação com Gayer

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, manifestou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a total discordância sobre uma possível audiência de conciliação com o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO). A ministra apresentou uma queixa-crime por injúria e difamação contra Gayer devido a uma série de declarações do parlamentar contra ela.

Ela pede o prosseguimento regular da ação por considerar que as ofensas a ela dirigidas não são passíveis de conciliação.

Na petição, a defesa de Gleisi alega que Gayer teria usado a rede social X para fazer ataques de cunho misógino — aversão às mulheres — contra a ministra. A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se favorável a uma audiência de conciliação para entre os dois.

Os advogados de Gleisi consideram a possibilidade inadequada, ultrajante e ofensiva para o caso. “Uma afronta à sua dignidade e um desrespeito à sua condição de mulher e parlamentar, recrudescendo o sofrimento já impingido à vítima”, disseram.

“A presente queixa-crime versa sobre graves ofensas à honra de Gleisi, em um contexto que atinge não apenas sua dignidade pessoal, mas também sua atuação como parlamentar e representante de seus eleitores. A natureza das ofensas, direcionadas de forma direta e com o intuito de macular sua imagem e credibilidade, reveste o presente caso de particular gravidade”, afirmaram os advogados de Gleisi.

Eles ainda completam ao dizer que Gayer tentou humilhar Gleisi, e que “não há conciliação ante tal atitude”. “O querelado tentou humilhar a querelante em suas redes sociais, chamando-a de garota de programa (“GP”), sugerindo ainda a “imagem” de um “trisal” entre a querelante (Gleisi), seu companheiro o deputado federal Lindbergh Farias e o presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre. Não há conciliação ante a tal atitude!”, frisa a defesa.


Entenda o caso

  • Gleisi Hoffmann apresentou uma queixa-crime e uma notícia crime contra Gustavo Gayer em decorrência de declarações ofensivas contra a petista.
  • Nas redes sociais, o deputado comparou Lula a um “cafetão”, sugerindo que Gleisi Hoffmann foi tratada como uma garota de programa.
  • Na queixa-crime apresentada ao STF, Gleisi pede uma indenização de R$ 30 mil por danos morais. O relator do caso é o ministro Luiz Fux.
  • Depois da repercussão negativa, Gayer chegou a dizer que saiu em defesa de Gleisi, acusando Lula de tê-la “menosprezado e achincalhado”.

Veja a publicação de Gayer:

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Deputado Gustavo Gayer
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Deputado Gustavo GayerVinicius Schmidt/Metropoles

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Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

A publicação atingiu milhares de visualizações e compartilhamentos na rede social, o que, segundo os advogados da ministra, teria agravado a honra e a imagem pública dos envolvidos.

“A conduta do querelado atenta não apenas contra a ética, o respeito e urbanidade esperada de qualquer cidadão, como é vil ao diminuir a condição de uma mulher que exerce um cargo público de grande relevância, o que constitui ação criminosa e aumenta não somente o clima de violência política, mas a misoginia em ambiente político que deveria prezar pela igualdade em todos os sentidos”, defendem os advogados da ministra.

Os advogados de Gleisi pedem que Gustavo Gayer seja condenado pelos crimes de difamação e injúria. Além do pagamento de R$ 30 mil a título de reparação pelos danos morais causados pelas ofensas a ministra.

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