Netanyahu diz que nova ofensiva em Gaza será 'intensa' e ajudará a recuperar reféns israelenses
Primeiro-ministro de Israel confirmou plano aprovado nesta segunda-feira (5) por seu governo para a ocupação total da Faixa de Gaza e disse que palestinos serão deslocados dentro do território 'para sua própria proteção'. Benjamin Netanyahu em vídeo para rede social X / Reprodução O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (5) que um nova ofensiva contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza "será intensa" e que, como consequência, a população palestina será deslocada novamente dentro do território. “Ontem à noite ficamos até tarde no gabinete e decidimos por uma operação intensificada em Gaza. Foi a recomendação do chefe das Forças Armadas prosseguir, como ele disse, rumo à derrota do Hamas —e, nesse caminho, ele acredita que isso também nos ajudará a resgatar os reféns, e eu concordo com ele. Não vamos desistir desse esforço, e não vamos abandonar ninguém”, afirmou o premiê em pronunciamento divulgado na rede social X. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp As declarações do premiê israelense ocorrem horas após seu governo aprovar um plano para a ocupação total de Gaza por tempo indeterminado. Netanyahu também afirmou que "a população palestina será transferida para sua própria proteção", porém não especificou para onde. Segundo fontes do Exército israelense, os palestinos serão deslocados para o sul do território como consequência da nova investida contra o Hamas. Deslocamentos forçados e em massa de pessoas, como já ocorreram diversas vezes durante a guerra, são criticados por órgãos humanitários e bilaterais, como a Cruz Vermelha e a ONU. Netanyahu sinalizou ainda uma mudança na abordagem da guerra, em que agora as tropas israelenses ocuparão os territórios tomados, em vez de se retirar ao final de operações contra terroristas do Hamas. Após meses de negociações por um cessar-fogo permanente no conflito, Israel ainda não apresentou uma visão clara para Gaza no período pós-guerra. O aliado de Netanyahu, presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criou polêmica no início do ano ao dizer que os palestinos não tinham outra alternativa a não ser deixar o território. Plano para ocupação total Voluntários e equipes de resgate usam uma escavadeira para remover os escombros de prédio destruído em Gaza AP Photo/Mariam Dagga O plano aprovado pelo governo de Israel para a ocupação total da Faixa de Gaza inclui também o aumento dos bombardeios e operações por terra em Gaza, que as forças israelenses voltaram a atacar em março, rompendo uma trégua que estava em vigor desde janeiro. O plano será implementado de forma gradual e envolve a ocupação permanente do território, segundo disseram à agência de notícias Associated Press duas fonte do gabinete de ministros de Israel. Atualmente, Israel já controla aproximadamente 50% do total do território de Gaza, e de forma temporária. O governo de Israel afirma que a expansão dos ataques, aprovada pelo gabinete do premiê Benjamin Netanyahu, visa "aumentar a pressão" sobre o grupo terrorista Hamas para negociar um cessar-fogo que esteja mais alinhado com os termos israelenses. Uma das exigências de Netanyahu é a devolução total dos reféns ainda sob poder do Hamas. No entanto, o próprio chefe das Forças Armadas israelenses admitiu que o novo plano de ocupação total pode colocar em risco a vida dos reféns. Parentes dos sequestrados israelenses também protestaram contra o plano e acusaram o premiê israelense de priorizar a tomada de Gaza em vez de a vida dos reféns. A aprovação do plano para ampliar as operações em Gaza ocorre um dia após Israel anunciar a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva. A campanha israelense em Gaza tem gerado ataques dos Houthis, grupo rebelde do Iêmen, alinhado aos terroristas do Hamas e ao Irã. No domingo (4), um míssil lançado do Iêmen em direção a Israel caiu próximo ao aeroporto Ben Gurion, o principal terminal internacional do país, na região de Tel Aviv. No mesmo dia, os rebeldes anunciaram que irão impor um "bloqueio aéreo abrangente" contra Israel, atacando repetidamente seus aeroportos, em resposta à ampliação das operações israelenses na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliar o ataque às proximidades do aeroporto. De acordo com a Reuters, a maioria dos ataques oriundos do Iêmen tem sido interceptada pelos sistemas de defesa antimísseis de Israel. O míssil de domingo é o único, desde março, que não foi interceptado. Míssil cai perto do principal aeroporto de Israel Aviso dos rebeldes O Centro de Coordenação de Operações Humanitárias dos Houthis — criado no ano passado para fazer a ligação entre as forças e operadores de navegação comercial — emitiu o aviso de que aeroportos israelenses seriam alvos, com o Aeroporto Ben Gurion como prioridade máxima. A declaração foi acompanhada de um e-mail que, segundo os Houthis, foi enviado à IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) e à ICAO


Primeiro-ministro de Israel confirmou plano aprovado nesta segunda-feira (5) por seu governo para a ocupação total da Faixa de Gaza e disse que palestinos serão deslocados dentro do território 'para sua própria proteção'. Benjamin Netanyahu em vídeo para rede social X / Reprodução O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (5) que um nova ofensiva contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza "será intensa" e que, como consequência, a população palestina será deslocada novamente dentro do território. “Ontem à noite ficamos até tarde no gabinete e decidimos por uma operação intensificada em Gaza. Foi a recomendação do chefe das Forças Armadas prosseguir, como ele disse, rumo à derrota do Hamas —e, nesse caminho, ele acredita que isso também nos ajudará a resgatar os reféns, e eu concordo com ele. Não vamos desistir desse esforço, e não vamos abandonar ninguém”, afirmou o premiê em pronunciamento divulgado na rede social X. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp As declarações do premiê israelense ocorrem horas após seu governo aprovar um plano para a ocupação total de Gaza por tempo indeterminado. Netanyahu também afirmou que "a população palestina será transferida para sua própria proteção", porém não especificou para onde. Segundo fontes do Exército israelense, os palestinos serão deslocados para o sul do território como consequência da nova investida contra o Hamas. Deslocamentos forçados e em massa de pessoas, como já ocorreram diversas vezes durante a guerra, são criticados por órgãos humanitários e bilaterais, como a Cruz Vermelha e a ONU. Netanyahu sinalizou ainda uma mudança na abordagem da guerra, em que agora as tropas israelenses ocuparão os territórios tomados, em vez de se retirar ao final de operações contra terroristas do Hamas. Após meses de negociações por um cessar-fogo permanente no conflito, Israel ainda não apresentou uma visão clara para Gaza no período pós-guerra. O aliado de Netanyahu, presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criou polêmica no início do ano ao dizer que os palestinos não tinham outra alternativa a não ser deixar o território. Plano para ocupação total Voluntários e equipes de resgate usam uma escavadeira para remover os escombros de prédio destruído em Gaza AP Photo/Mariam Dagga O plano aprovado pelo governo de Israel para a ocupação total da Faixa de Gaza inclui também o aumento dos bombardeios e operações por terra em Gaza, que as forças israelenses voltaram a atacar em março, rompendo uma trégua que estava em vigor desde janeiro. O plano será implementado de forma gradual e envolve a ocupação permanente do território, segundo disseram à agência de notícias Associated Press duas fonte do gabinete de ministros de Israel. Atualmente, Israel já controla aproximadamente 50% do total do território de Gaza, e de forma temporária. O governo de Israel afirma que a expansão dos ataques, aprovada pelo gabinete do premiê Benjamin Netanyahu, visa "aumentar a pressão" sobre o grupo terrorista Hamas para negociar um cessar-fogo que esteja mais alinhado com os termos israelenses. Uma das exigências de Netanyahu é a devolução total dos reféns ainda sob poder do Hamas. No entanto, o próprio chefe das Forças Armadas israelenses admitiu que o novo plano de ocupação total pode colocar em risco a vida dos reféns. Parentes dos sequestrados israelenses também protestaram contra o plano e acusaram o premiê israelense de priorizar a tomada de Gaza em vez de a vida dos reféns. A aprovação do plano para ampliar as operações em Gaza ocorre um dia após Israel anunciar a convocação de dezenas de milhares de soldados da reserva. A campanha israelense em Gaza tem gerado ataques dos Houthis, grupo rebelde do Iêmen, alinhado aos terroristas do Hamas e ao Irã. No domingo (4), um míssil lançado do Iêmen em direção a Israel caiu próximo ao aeroporto Ben Gurion, o principal terminal internacional do país, na região de Tel Aviv. No mesmo dia, os rebeldes anunciaram que irão impor um "bloqueio aéreo abrangente" contra Israel, atacando repetidamente seus aeroportos, em resposta à ampliação das operações israelenses na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliar o ataque às proximidades do aeroporto. De acordo com a Reuters, a maioria dos ataques oriundos do Iêmen tem sido interceptada pelos sistemas de defesa antimísseis de Israel. O míssil de domingo é o único, desde março, que não foi interceptado. Míssil cai perto do principal aeroporto de Israel Aviso dos rebeldes O Centro de Coordenação de Operações Humanitárias dos Houthis — criado no ano passado para fazer a ligação entre as forças e operadores de navegação comercial — emitiu o aviso de que aeroportos israelenses seriam alvos, com o Aeroporto Ben Gurion como prioridade máxima. A declaração foi acompanhada de um e-mail que, segundo os Houthis, foi enviado à IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) e à ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional), alertando as companhias aéreas internacionais: "Conclamamos todas as companhias aéreas internacionais a levarem este anúncio a sério... e cancelarem todos os seus voos para os aeroportos do inimigo israelense criminoso, a fim de garantir a segurança de suas aeronaves e passageiros", dizia o e-mail. Cessar-fogo em colapso Um cessar-fogo de oito semanas com o grupo terrorista Hamas entrou em colapso em março, quando Israel retomou os ataques em Gaza, matando centenas de palestinos — muitos deles mulheres e crianças, conforme a AP. Israel também capturou grandes áreas de território e, antes do fim do cessar-fogo, interrompeu totalmente a entrada de ajuda humanitária em Gaza. O governo afirma que essas ações foram tomadas para pressionar o Hamas a demonstrar mais flexibilidade nas negociações. Segundo a agência, a suspensão da ajuda mergulhou o território de 2,3 milhões de pessoas no que se acredita ser a pior crise humanitária da guerra. A fome se espalhou, e a escassez levou a saques por parte da população.
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