Grupo tinha “staff de especialistas” para fraudar concursos, diz PF
PF aponta que grupo investigado tinha especialistas para cada necessidade no processo de fraude de concursos públicos

A Polícia Federal (PF) afirma que o grupo investigado na operação Última Fase possuía uma “staff de especialistas” para fraudar concursos públicos.
Como mostrou a coluna, mensagens mostram que o grupo criminoso investigado cobrava até R$ 500 mil para aprovar candidatos.
A investigação da PF apura fraudes no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) de 2024 e em certames das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas, da Universidade Federal da Paraíba, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
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O suposto “staff”, diz a PF, era comandado por Thyago Andrade, apontado como um dos líderes do grupo.
Havia especialistas para falsificação de documentos utilizados para que integrantes do grupo fizessem as provas no lugar dos contratantes.
O staff também contava com um responsável por corromper seguranças dos locais de prova para facilitar a atuação do grupo.
Outros especialistas eram escalados para substituir os candidatos reais nas provas e assim conseguir as notas necessárias.
Ao autorizar a prisão de Thyago Andrade, o juiz do caso, após citar o “staff de especialistas” afirmou que a permanência dele “solto seria, sem dúvida, deixar o grupo com o seu líder livre para continuar as fraudes.”
Edifício fica no Setor Comercial Norte (SCN), em Brasília (DF)
Última fase
A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta quinta-feira (2/10) mandados para avançar em investigação sobre fraudes em concursos públicos.
Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e três pessoas foram presas preventivamente nos seguintes estados: Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
São investigadas supostas fraudes no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) de 2024 e em certames das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas, da Universidade Federal da Paraíba, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
A operação conta com o apoio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
Segundo a PF, os investigados “foram excluídos dos processos seletivos, afastados dos cargos públicos já ocupados e poderão responder pelos crimes de fraude em certame de interesse público, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsificação de documento público”.
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