Guerra: Interpol abre investigação após vídeo do megatraficante e PCC
A gravação foi analisada pela Interpol da Bolívia, que iniciou contatos imediatos com as equipes de cooperação internacional
                                A polícia internacional está em alerta máximo após a circulação de um vídeo em que o narcotraficante uruguaio Sebastián Marset, um dos criminosos mais procurados do mundo, aparece armado, ao lado de homens com fuzis, exibindo símbolos do Primeiro Comando da Capital (PCC) e fazendo ameaças diretas a rivais e à polícia.  A gravação foi analisada pela Interpol da Bolívia, que iniciou contatos imediatos com as equipes de cooperação internacional da Interpol no Brasil, Paraguai e Colômbia para confirmar a autenticidade do material e tentar rastrear o paradeiro do traficante.
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A informação foi dada à imprensa pelo coronel Juan Carlos Bazoalto, diretor da Interpol boliviana, em entrevista ao canal Unitel, da Bolívia.
“Prontos para fazer guerra com quem for”
No vídeo, Marset, ostentando fuzil, bandeiras e uma estética que simula território paraguaio, desafia diretamente um ex-aliado identificado como “El Colla”, além das polícias regionais:
“Eu posso estar hoje aqui, amanhã no Paraguai, outro dia na Bolívia, outro dia na Colômbia. Seja onde for, estamos preparados para fazer guerra com quem for, com o Colla, com a polícia. Não ligo pra ninguém.”
A fala reforça suspeitas de que ele transita livremente por fronteiras da tríplice rota do tráfico, Bolívia, Paraguai e Brasil, áreas estratégicas para o escoamento de cocaína destinada à Europa.
Questionado pelo Unitel, o governo boliviano disse que não trabalha com “especulações”, mas confirmou mobilização policial para investigar se o criminoso realmente se encontra no país.
“Já pedimos elementos objetivos ao Paraguai. Se houver qualquer indício sólido, acionaremos imediatamente nossos protocolos com o Ministério Público”, afirmou o coronel Bazoalto ao canal boliviano.
Caçado pela DEA, Interpol e pela máfia rival
Marset é considerado chefe do Primeiro Cartel Uruguaio, aliado estratégico do PCC no controle das rotas de cocaína. Estima-se que o grupo tenha enviado ao menos 16 toneladas da droga à Europa nos últimos anos.
Ele também é apontado como mentor intelectual do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci, morto em uma praia da Colômbia em 2022.
Por tudo isso, o traficante está na lista de alertas vermelhos da Interpol, e os Estados Unidos oferecem recompensa milionária por informações sobre seu paradeiro.
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