Dólar sobe com votação do Orçamento no Brasil e juros no Japão
Na véspera, o dólar terminou a sessão em leve alta de 0,01%, cotado a R$ 5,523. Ibovespa subiu 0,38%, aos 157,9 mil pontos
O dólar operava em alta, na manhã desta sexta-feira (19/12), última sessão do mercado na semana, em um dia de agenda mais esvaziada de indicadores econômicos.
No Brasil, os investidores aguardam a votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026 pelo Congresso Nacional, que deve fazer sua última sessão deste ano.
No exterior, o mercado repercute a decisão do Banco Central do Japão (BoJ) de elevar a taxa de juros para o maior patamar dos últimos 30 anos, além da sinalização de possíveis novos aumentos no futuro, o que indica aperto da política monetária.
Dólar
- Às 9h46, o dólar subia 0,37%, a R$ 5,543.
- Mais cedo, às 9h13, a moeda norte-americana avançava 0,14% e era negociada a R$ 5,529.
- Na cotação máxima do dia até aqui, o dólar bateu R$ 5,546. A mínima é de R$ 5,521.
- Na véspera, o dólar terminou a sessão em leve alta de 0,01%, cotado a R$ 5,523, praticamente estável.
- Com o resultado, a moeda dos Estados Unidos acumula ganhos de 3,5% em dezembro e perdas de 10,6% frente ao real em 2025.
Ibovespa
- As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
- No dia anterior, o indicador fechou o pregão em alta de 0,38%, aos 157,9 mil pontos.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula queda de 0,72% no mês e valorização de 31,29% no ano.
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Votação do Orçamento
Deputados e senadores se reúnem, nesta sexta-feira, para a votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026. A análise estava prevista para essa quinta-feira (18/12), mas foi adiada pelo presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para dar mais tempo aos parlamentares para a leitura do relatório da proposta.
Antes do plenário, o texto tem de ser votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Além da proposta orçamentária, também devem ser analisados outros Projetos de Lei do Congresso Nacional (PLN). Entre eles, está o PLN 6/2025, que destina R$ 8,3 bilhões para a criação do Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais, previsto na reforma tributária.
A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), pré-requisito para a votação do Orçamento, foi aprovada em 4 de dezembro. O texto obriga o governo a pagar a maioria das emendas até junho de 2026, três meses antes das eleições gerais.
Pelo acordo, o governo deverá quitar 65% das emendas obrigatórias no primeiro semestre, até julho, o que equivale a cerca de R$ 13 bilhões. Entram nessa regra as emendas individuais, de bancada e as chamadas “emendas Pix”.
Outro ponto favorável para a equipe econômica do governo foi a aprovação, na quarta-feira (16/12), do Projeto de Lei Complementar (PLP) que prevê cortes em benefícios fiscais.
As medidas devem garantir uma arrecadação extra de R$ 22,45 bilhões. Desse valor, R$ 17,5 bilhões virão do corte de benefícios fiscais, R$ 1,6 bilhão da taxação de fintechs, R$ 2,5 bilhões do aumento da tributação sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) e R$ 850 milhões da elevação da taxação sobre apostas esportivas (bets).
Japão aumenta juros
No front internacional, os investidores repercutem a decisão de política monetária no Japão. Em decisão anunciada nesta madrugada (pelo horário de Brasília), o Banco Central do Japão (BoJ) subiu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, de 0,5% para 0,75%, o patamar mais alto em 30 anos, desde 1995.
“A julgar pelos dados e pesquisas recentes, há uma grande chance de que o mecanismo em que os salários e a inflação aumentam moderadamente em conjunto seja mantido”, afirmou a autoridade monetária japonesa no comunicado que acompanhou a decisão.
“Dado que as taxas de juros reais estão em níveis significativamente baixos, o BoJ continuará a aumentá-las” se as últimas projeções econômicas e de preços se confirmarem, completou o BC do Japão.
A taxa básica de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação. Quando a autoridade monetária mantém os juros elevados, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.
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