Israel deporta brasileiros da flotilha Global Sumud para a Jordânia

Grupo com 13 brasileiros foi libertado e já está a caminho da Jordânia. Ativistas passarão por avaliação médica e terão assistência consular

Oct 7, 2025 - 08:00
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Israel deporta brasileiros da flotilha Global Sumud para a Jordânia

Foram libertados nesta terça-feira (7/10) os 13 brasileiros que participaram da flotilha Global Sumud e que foram detidos por Israel. Segundo o Itamaraty, eles já deixaram o país com destino à Jordânia, e devem desembarcar na capital do país, Amã.

Em nota, o Itamaraty informou que “o Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio a Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário”.

Veja a nota na íntegra:

“Após negociações conduzidas pelo governo brasileiro, por meio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, os 13 brasileiros que integravam a flotilha Global Sumud, entre eles a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), foram conduzidos até a fronteira com a Jordânia e libertados.

Diplomatas das Embaixadas em Tel Aviv e em Amã receberam os ativistas que estão, nesse momento, sendo transportados para a capital jordaniana em veículo providenciado pela Embaixada brasileira naquele país.

A flotilha Global Sumud, integrada por mais de 40 embarcações e 420 ativistas de diferentes nacionalidades, tinha caráter pacífico e tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza quando foi interceptada em águas internacionais por forças militares do Estado de Israel.

O Brasil conclama a comunidade internacional a exigir de Israel a cessação do bloqueio à Gaza, por constituir grave violação ao direito internacional humanitário”.

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Deportados

O grupo foi transportado da prisão de Ktzi’ot, no deserto do Neguev, para a fronteira pelas autoridades israelenses. Lá chegando, os brasileiros se encontraram com diplomatas da embaixada do Brasil em Tel Aviv.

Já em território jordaniano, estão sendo agora apoiados pela embaixada do Brasil em Amã. Os ativistas passarão por avaliação médica e receberão assistência consular.

Interceptação da flotilha

  • O grupo foi capturado em águas internacionais, segundo nota divulgada pelos organizadores, durante uma missão que tentava entregar ajuda humanitária à população de Gaza.
  • Entre os brasleiros da flotilha está Thiago Ávila, que já havia sido preso por Israel na empreitada anterior do grupo, em maio.
  • Além dele, fazem parte da comitiva a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), a vereadora Mariana Conti (PSOL), de Campinas, assim como a presidente do partido no Rio Grande do Sul, Gabrielle Tolotti. Também há outros militantes pró-Palestina e sindicalistas como Magno de Carvalho Costa, dirigente do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).
  • Além dos brasileiros, ativistas de outros países, como Argentina, Colômbia, África do Sul e Nova Zelândia, também deverão ser libertados nesta terça.

Retorno ao Brasil

Ainda não há detalhes sobre o retorno dos brasileiros ao país. O único integrante da delegação que chegou ao Brasil é Nicolás Calabrese, que, apesar de viver no país há mais de dez anos, nasceu na Argentina e tem cidadania italiana. Ao desembarcar na noite dessa segunda (6/10) no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ele reclamou de maus-tratos e disse que as forças israelenses agiram como terroristas.

A libertação dos brasileiros aconteceu no mesmo dia em que a guerra em Gaza completa dois anos.

Para o grupo, a libertação dos brasileiros tem valor simbólico. “A liberdade dos nossos integrantes no dia 7 de outubro carrega um símbolo de resistência, mas também nos lembra que não há liberdade verdadeira enquanto o cerco persistir”, disse a organização da flotilha em nota.

“É urgente que a comunidade internacional atue de forma concreta para pôr fim à ocupação e garantir a liberdade do povo palestino”, reforçaram.

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