Israel devolve corpo de refém tailandês do Hamas preso em Gaza
Israel anunciou que devolveu a Bangkok o corpo de um refém tailandês sequestrado em 7 de outubro de 2023, durante o ataque do Hamas

O exército afirmou em um comunicado que, durante uma operação conjunta com a Agência de Segurança Interna (Shin Bet), as forças israelenses “recuperaram o corpo de Natthapong Pinta na região de Rafah”, no sul do território palestino.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou em um comunicado que o corpo do refém foi “trazido de volta a Israel” durante uma “operação especial”.
“Natthapong veio da Tailândia para Israel para trabalhar na agricultura, pois queria construir um futuro melhor para ele e sua família”, disse Katz. O cidadão tailandês foi “morto em cativeiro pela organização terrorista Mujahideen”, acrescentou o ministro. O grupo está envolvido na morte de outros reféns sequestrados no mesmo local. Segundo o exército, Pinta foi sequestrado, por terroristas desta organização, no Kibutz Nir Oz.
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A operação das forças israelenses para recuperar o corpo “foi possível graças a informações específicas obtidas durante o interrogatório de um terrorista, bem como a informações fornecidas pela Força-Tarefa de Reféns e pela Diretoria de Inteligência das Forças de Defesa de Israel (IDF)”, acrescentou o exército em um comunicado.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou na quinta-feira que os corpos de dois reféns israelense-americanos, Judy Weinstein-Haggai e Gad Haggai, também sequestrados em 7 de outubro de 2023 no Kibutz Nir Oz, foram devolvidos a Israel após uma operação especial em Gaza.
Por sua vez, o Fórum das Famílias, principal organização que defende um cessar-fogo e a libertação dos reféns, fez um apelo às autoridades para que “façam tudo o que for necessário para chegar a um acordo que permita o retorno dos 55 reféns restantes”, segundo um comunicado.
Apoio à milícia
Na sexta-feira, as autoridades israelenses reconhecem apoiar e armar uma milícia palestina que se opõe ao Hamas na Faixa de Gaza, alegando que isso atende seus “objetivos de guerra” e “salva as vidas de soldados” envolvidos na ofensiva contra o movimento islâmico no território palestino.
“Sim”, respondeu o Brigadeiro-General Effie Defrin, porta-voz do Exército israelense, em entrevista coletiva, quando questionado se sua instituição era “a favor” do fornecimento de armas às milícias na Faixa de Gaza.
“Estamos agindo de várias maneiras contra o governo do Hamas”, cujo “colapso” é um dos “objetivos de guerra”, acrescentou o oficial. “Para isso, usamos uma série de métodos, (mas) não posso dizer mais.” No dia anterior, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou as declarações de um parlamentar, Avigdor Lieberman, ex-ministro da Defesa, que revelou à emissora pública israelense Kan que o governo estava “fornecendo armas a um grupo de criminosos e malfeitores”.
Segundo a mídia israelense e palestina, esse grupo inclui membros de uma tribo beduína liderada por Yasser Abu Shabab, descrito pelo Conselho Europeu de Relações Exteriores (ECFR) como o líder de uma “gangue criminosa que opera na região de Rafah e é acusado de saquear caminhões de ajuda humanitária” em Gaza.
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