Janones pede punição a deputados do PL após cerco na Câmara
Deputado acusa parlamentares de importunação sexual, agressões físicas e verbais durante sessão no plenário da Câmara dos Deputados

O deputado federal André Janones (Avante-MG) protocolou, nesta segunda-feira (14/7), uma representação à Corregedoria da Câmara dos Deputados pedindo a suspensão dos mandatos dos parlamentares Giovani Cherini (PL-RS) e Evandro Gonçalves da Silva Junior (PJ-RN). O político mineiro afirma ter sido alvo de “agressões verbais e físicas” durante a sessão realizada em 9 de julho de 2025.
Na petição, Janones relata que foi “subitamente cercado por diversos parlamentares do Partido Liberal (PL)”, os quais teriam iniciado uma “desordem infundada no centro do Plenário”, com gritos, xingamentos e tentativas de impedir que ele gravasse um vídeo. Segundo ele, o registro tinha como objetivo apenas “informar seus eleitores sobre os temas debatidos e as manifestações dos parlamentares durante a sessão”.
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Janones denunciou deputado por chute durante embate no plenário da CâmaraReprodução2 de 4
Deputados de oposição impedem Janones de gravar vídeo durante fala de NikolasReprodução3 de 4
Janones foi cercado por deputados de oposição na CâmaraReprodução4 de 4
Janones denunciou importunação sexual por parte de deputados de oposiçãoReprodução
De acordo com a representação, os parlamentares do PL teriam proferido ofensas como “bandido”, “ladrão”, “vagabundo” e “chupador de rola”, além de praticarem “possíveis atos de importunação sexual”, com a apalpação das partes íntimas do deputado.
Janones também relata um chute supostamente desferido por Cherini, que teria dito “eu também sei chutar” antes de acertar a perna do parlamentar.
O documento afirma ainda que o deputado Evandro Gonçalves da Silva Junior foi um dos responsáveis por empurrões e pela apalpação, o que Janones classificou como uma “evidente tentativa de humilhá-lo e constrangê-lo”.
Janones sustenta que os atos violam o Código de Ética e o Regimento Interno da Casa, pedindo a suspensão cautelar dos mandatos por seis meses e, ao final do processo, a perda definitiva dos cargos.
Segundo ele, “é imprescindível que sejam adotadas as medidas legais e regimentais cabíveis, de forma célere e rigorosa”, para garantir o funcionamento regular da Câmara e preservar sua dignidade institucional.
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A representação foi encaminhada ao corregedor parlamentar da Casa, deputado Diego Coronel (PSD-BA).
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