Jorge Lordello analisa sucesso dos 15 anos do Operação de Risco
O advogado e ex-delegado conversou com a coluna, com exclusividade, e falou sobre o diferencial da atração, que está debutando

Jorge Lordello faz sucesso na TV e nas redes sociais ao revelar detalhes de crimes que acontecem pelo Brasil, inclusive alguns bastante famosos. O comandante do Operação de Risco, da RedeTV!, que completa 15 anos em 2025, conversou com a coluna, com exclusividade, e fez um balanço do sucesso da atração.
Durante o bate-papo, o advogado e ex-delegado revelou o diferencial do programa e ainda contou o que o público pode esperar a partir de agora.
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Veja a entrevista completa
O que você acredita que faz o programa se manter relevante por tanto tempo? Neste ano, o Operação de Risco completa 15 anos no ar, de forma ininterrupta, na RedeTV!. A longevidade do programa se explica, em grande parte, pelo seu pioneirismo — somos o primeiro reality policial da televisão brasileira. Levamos o telespectador para dentro da ação, acompanhando de perto o trabalho das forças de segurança no cumprimento da lei e da ordem. Então, tem muita emoção e adrenalina. É a vida sendo retratada em um de seus aspectos mais decisivos e socialmente relevantes.
Qual o diferencial do Operação de Risco para outros já existentes?
Diferente de outros programas policiais, que geralmente exibem apenas o desfecho dos crimes ou relatos posteriores, o Operação de Risco entrega imagens inéditas, registrando cada etapa das operações — do início ao fim. O público se sente quase que parte da ação. Gravamos em diferentes estados, o que permite mostrar a como atuam as polícias em cada região do Brasil.
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Jorge Lordello analisa sucesso dos 15 anos do Operação de RiscoDivulgação2 de 10
Jorge Lordello faz sucesso também nas redes sociais ao falar sobre crimes famososDivulgação3 de 10
Jorge Lordello é ex-delegado e advogadoDivulgação4 de 10
Jorge Lordello comanda o Operação de Risco na RedeTV!Divulgação5 de 10
Jorge Lordello é apresentador da RedeTV! e youtuberInstagram/Reprodução6 de 10
Jorge Lordello tem um canal no YouTubeInstagram/Reprodução7 de 10
Jorge Lordello posa durante um podcastInstagram/Reprodução8 de 10
Jorge Lordello faz pose para as redes sociaisInstagram/Reprodução9 de 10
Jorge Lordello é ex-delegadoInstagram/Reprodução10 de 10
Jorge Lordello posa nos bastidores de seu programaReprodução/TV Foco
Quais novidades podemos esperar do Operação de Risco nos próximos anos? A cada ano, promovemos inovações no formato, além de ampliar nossa cobertura do trabalho policial para mais cidades. Nosso objetivo é estar cada vez mais presente em todo o território nacional. Há também, um projeto mais audacioso, que é gravar com a polícia dos Estados Unidos.
Na sua opinião, qual foi o momento mais marcante desses anos? São muitos os momentos que marcaram a história do Operação de Risco. Um episódio, em especial, ficou gravado na minha memória: quando acompanhamos uma ocorrência em que a polícia conseguiu libertar um idoso, motorista de aplicativo, que estava sendo mantido refém dentro do porta-malas de um carro. Decidimos prestar uma homenagem aos dois militares que atuaram diretamente no resgate e também convidamos a vítima, que queria agradecer, pessoalmente, aos agentes que salvaram sua vida. Pouco antes da gravação, fui ao camarim conhecer o motorista, que tinha 70 anos e estava muito emocionado. Foi quando ele me contou que, por conta do crime, seu carro havia sido danificado e, sem condições financeiras para consertá-lo, estava impossibilitado de trabalhar. Diante disso, resolvemos aproveitar nossa audiência na expectativa de ajudá-lo. Para minha surpresa, no dia seguinte, quatro funilarias entraram em contato desejando consertar, gratuitamente, o veículo do senhor.
Como o programa contribui para prestação de serviço da sociedade? Acredito que a contribuição do Operação de Risco é enorme. Aproximamos a população da polícia mostrando como funciona, na prática, o trabalho dos agentes. Tanto é verdade que os policiais que participam das ocorrências são frequentemente reconhecidos no dia a dia, recebendo o carinho e o respeito da população. Existe, ainda, um ponto que nem todo mundo conhece: o impacto positivo na formação de jovens. Ao longo dos anos, recebemos inúmeros relatos de adolescentes que, inspirados pelo programa, descobriram vocação para a atividade policial. Muitos deles, assim que completaram 18 anos, prestaram concursos e hoje atuam nas forças de segurança. Nosso público também tem acesso a informações sobre segurança, medidas de prevenção, além de entender o funcionamento das leis penais e dos procedimentos policiais. É um conteúdo que informa, orienta e, acima de tudo, gera consciência social.
Durante todos esses anos, qual foi a ocorrência mais impactante exibida no programa? É difícil apontar uma única ocorrência. Lidamos diariamente com situações comoventes e, muitas vezes, muito difíceis de acompanhar. Mas posso dizer que as operações que envolvem crimes contra crianças, por exemplo, sempre nos impactam profundamente. São nesses momentos que entendemos, ainda mais, a importância do trabalho das forças de segurança no país.
Você tem uma longa carreira como delegado, mas como surgiu o convite para comandar o programa? O diretor Eduardo Oliveira buscava um apresentador para o Operação de Risco. Ele tinha feito testes com alguns profissionais, mas ainda não havia encontrado alguém que reunisse o perfil ideal para comandar o programa. Foi então que, assistindo ao programa A Tarde É Sua, da Sonia Abrão, aqui na RedeTV!, ele me viu participando de uma entrevista e me convidou para fazer um teste. Como fui delegado de polícia por muitos anos e tinha experiência em televisão, ele entendeu que eu era a pessoa certa para comandar o reality policial.
O Lordello fora das câmeras é muito diferente do Lordello do programa? Quem assiste ao Operação de Risco pode ter a certeza de que sou, praticamente, o mesmo quando as luzes do estúdio se apagam. Sou um apaixonado por estudar segurança pública e privada, além de criminologia. São temas sérios que demandam comprometimento e poucos sorrisos. Tenho por hábito usar diariamente terno e gravata desde quando entrei na faculdade de Direito, aos 17 anos. Apresentar o programa me remete aos tempos em que atuava na delegacia de polícia ou realizava audiências no fórum criminal. É um ambiente no qual me sinto absolutamente à vontade, porque faz parte da minha essência e da minha história profissional.
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