Júri Popular: Acusado de matar rival e tentar contra a vida da ex-companheira será julgado em Mossoró

Júlio César Florêncio Alves de Souza, de 44 anos, vai sentar no banco dos réus, nesta terça feira 05 de agosto, em julgamento pelo Tribunal do Júri Popular, acusado de assassinar o então namorado de sua ex-companheira e de tentar matá-la em um crime marcado por violência, ciúmes e frieza.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, o crime ocorreu na noite de 18 de abril de 2023, por volta das 22h, na rua Epitácio Pessoa, bairro Bom Jardim, em Mossoró/RN.

Segundo a investigação, Júlio César, inconformado com o fim do relacionamento com Amanda Cristina Siqueira Alves, teria tramado o atentado ao lado de um comparsa ainda não identificado. As vítimas, Amanda e seu novo companheiro Francisco Maia dos Santos Filho, trafegavam em uma motocicleta quando foram surpreendidas por um veículo Chevrolet prata, ocupado por Júlio César e o segundo suspeito.

Sem qualquer chance de defesa, o casal foi alvejado com diversos disparos de arma de fogo. Francisco Maia morreu ainda no local, conforme aponta o laudo necroscópico. Já Amanda, mesmo ferida, conseguiu sobreviver após ser socorrida com vida e encaminhada para atendimento médico. (Relembre o caso)

Durante as investigações, ficou comprovado que o crime foi motivado por razões passionais. Júlio César não aceitava o fim do relacionamento com Amanda nem o novo envolvimento dela com Francisco, o que teria sido o estopim para a execução do crime.

A Promotoria de Justiça sustenta que o homicídio foi qualificado por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, assim como a tentativa de feminicídio, caracterizada pelo contexto de violência doméstica e familiar.

O julgamento promete ser tenso e atrair atenção da opinião pública local, não só pela gravidade do crime, mas também pelo contexto de violência de gênero e ciúmes extremos que marcaram o caso. Caso condenado, Júlio César pode pegar penas que ultrapassam 30 anos de prisão. O Tribunal do Júri será responsável por decidir o destino do acusado, que atualmente responde ao processo em regime semiaberto.

A defesa do réu ficará a cargo dos advogados, Otoniel Maia Júnior e Gunnaberg Larrygham de Sousa de Almeida. O Ministério Público será reprensentado pelo promotor de justiça Armando Lúcio Ribeiro que atuará na acusação do réu. Os trabalhos serão presididos pelo juiz Vagnos Kelly de Figueiredo. O julgamento começa às 09h00min

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