Kremlin confirma reunião de Putin e Trump para os próximos dias

Trump e Putin Reuters O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vão se reunir nos "próximos dias", disse nesta quinta-feira (7) o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, porém sem precisar uma data. O encontro seria o primeiro entre líderes dos EUA e da Rússia em mais de quatro anos. "A pedido do lado americano, foi essencialmente alcançado um acordo para realizar uma reunião bilateral no mais alto nível nos próximos dias, ou seja, um encontro entre o presidente Vladimir Putin e Donald Trump. Estamos agora iniciando os preparativos concretos junto com nossos colegas americanos", afirmou Ushakov. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ushakov não deu mais detalhes, mas disse que EUA e Rússia já concordaram onde o encontro será, mas não quis revelar neste momento. O assessor russo disse acreditar que as relações entre os dois países podem melhorar a partir disso. Após o anúncio, o mercado de ações da Rússia disparou e chegou a subir 4,5%. Este seria a primeira entre líderes dos EUA e da Rússia desde junho de 2021, quando Putin e Joe Biden se encontraram em Genebra, na Suíça. A invasão russa na Ucrânia em fevereiro de 2022 mergulhou as relações da Rússia com o ocidente em uma profunda crise. O anúncio ocorre um dia após uma reunião entre Putin e o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, para discutir a guerra na Ucrânia. Trump disse que o encontro havia gerado um "grade progresso", já o governo russo disse que foi "construtivo" e que houve uma "troca de sinais" entre Moscou e Washington. O governo dos EUA não se manifestou oficialmente sobre o anúncio do Kremlin até a última atualização desta reportagem. No entanto, Trump havia dito na quarta-feira que poderia se encontrar com o líder russo em breve. Trump tem buscado reconstruir as relações com a Rússia e tentar encerrar a guerra, embora seus comentários públicos desde que retornou à Casa Branca, em janeiro, tenham oscilado entre elogios a Putin e críticas e ameaças. Segundo a mídia dos EUA, além de se encontrar com Putin, os planos de Trump incluem uma reunião trilateral envolvendo também o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, logo após o encontro direto com o líder russo. O governo russo, no entanto, ficou em silêncio sobre essa possibilidade quando levantada por Witkoff. Em meio a negociações diretas entre Ucrânia e Rússia por um cessar-fogo na guerra, Zelensky busca há semanas um encontro direto com Putin, mas o governo russo adota discurso de que tal encontro acontecerá apenas quando as tratativas estiverem em estágio avançado. No último encontro direto entre as comitivas de Ucrânia e Rússia, os dois lados relataram terem visões "completamente opostas" nos requisitos para o fim do conflito —os russos pressionam por anexar cerca de 20% do território ucraniano e outras amarras ao rival, o que europeus consideram inaceitável. Ainda não se sabe quanto as pressões recentes aplicadas por Trump podem ter mudado a visão de qualquer um dos lados. Enviado de Trump se encontra com Putin perto de expirar ultimato Encontro com Zelensky Segundo o jornal "The New York Times", o plano de Trump é que os dois se reunissem posteriormente com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Não está claro se a reunião incluiria um anúncio de cessar-fogo entre os dois países, em guerra aberta desde 2022. Putin e Zelensky não conversaram diretamente nenhuma vez desde o início dos combates, há cerca de três anos e meio. Nesta quarta-feira (6), um encontro entre Putin e o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff. Segundo Trump, o encontro foi "altamente produtivo" e gerou "grande progresso". Já os russos chamaram a reunião de "útil e construtiva", e que houve uma "troca de sinais" entre Moscou e Washington. "Meu enviado especial, Steve Witkoff, acabou de ter uma reunião altamente produtiva com o presidente russo Vladimir Putin. Grandes avanços foram alcançados! Depois disso, atualizei alguns de nossos aliados europeus. Todos concordam que esta guerra precisa chegar ao fim, e trabalharemos para isso nos próximos dias e semanas", afirmou Trump em sua rede social Truth Social horas após o fim da reunião. A reunião entre o líder russo e o representante americano ocorreu dois dias antes do fim do ultimato estabelecido por Trump para que a Rússia termine a guerra na Ucrânia, sob ameaças de impor "tarifas severas" de 100% sobre os russos e seus parceiros comerciais. Trump não entrou em detalhes sobre possíveis progressos no impasse entre EUA e Rússia, porém o encontro não mudou a posição da Casa Branca sobre as "tarifas severas" de 100% que Trump prometeu aos russos, afirmou um oficial do governo americano à agência de notícias Reuters. O assessor de Putin, Yury Ushakov, foi a primeira autoridade dos dois países a se manifestar após a reunião, que durou cerca de três horas. Ele adotou tom otimista e afirmou que houve uma "troca de sinais" entre os governos americano e russo, porém sem dar

Agosto 7, 2025 - 07:00
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Kremlin confirma reunião de Putin e Trump para os próximos dias

Trump e Putin Reuters O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vão se reunir nos "próximos dias", disse nesta quinta-feira (7) o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, porém sem precisar uma data. O encontro seria o primeiro entre líderes dos EUA e da Rússia em mais de quatro anos. "A pedido do lado americano, foi essencialmente alcançado um acordo para realizar uma reunião bilateral no mais alto nível nos próximos dias, ou seja, um encontro entre o presidente Vladimir Putin e Donald Trump. Estamos agora iniciando os preparativos concretos junto com nossos colegas americanos", afirmou Ushakov. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ushakov não deu mais detalhes, mas disse que EUA e Rússia já concordaram onde o encontro será, mas não quis revelar neste momento. O assessor russo disse acreditar que as relações entre os dois países podem melhorar a partir disso. Após o anúncio, o mercado de ações da Rússia disparou e chegou a subir 4,5%. Este seria a primeira entre líderes dos EUA e da Rússia desde junho de 2021, quando Putin e Joe Biden se encontraram em Genebra, na Suíça. A invasão russa na Ucrânia em fevereiro de 2022 mergulhou as relações da Rússia com o ocidente em uma profunda crise. O anúncio ocorre um dia após uma reunião entre Putin e o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, para discutir a guerra na Ucrânia. Trump disse que o encontro havia gerado um "grade progresso", já o governo russo disse que foi "construtivo" e que houve uma "troca de sinais" entre Moscou e Washington. O governo dos EUA não se manifestou oficialmente sobre o anúncio do Kremlin até a última atualização desta reportagem. No entanto, Trump havia dito na quarta-feira que poderia se encontrar com o líder russo em breve. Trump tem buscado reconstruir as relações com a Rússia e tentar encerrar a guerra, embora seus comentários públicos desde que retornou à Casa Branca, em janeiro, tenham oscilado entre elogios a Putin e críticas e ameaças. Segundo a mídia dos EUA, além de se encontrar com Putin, os planos de Trump incluem uma reunião trilateral envolvendo também o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, logo após o encontro direto com o líder russo. O governo russo, no entanto, ficou em silêncio sobre essa possibilidade quando levantada por Witkoff. Em meio a negociações diretas entre Ucrânia e Rússia por um cessar-fogo na guerra, Zelensky busca há semanas um encontro direto com Putin, mas o governo russo adota discurso de que tal encontro acontecerá apenas quando as tratativas estiverem em estágio avançado. No último encontro direto entre as comitivas de Ucrânia e Rússia, os dois lados relataram terem visões "completamente opostas" nos requisitos para o fim do conflito —os russos pressionam por anexar cerca de 20% do território ucraniano e outras amarras ao rival, o que europeus consideram inaceitável. Ainda não se sabe quanto as pressões recentes aplicadas por Trump podem ter mudado a visão de qualquer um dos lados. Enviado de Trump se encontra com Putin perto de expirar ultimato Encontro com Zelensky Segundo o jornal "The New York Times", o plano de Trump é que os dois se reunissem posteriormente com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Não está claro se a reunião incluiria um anúncio de cessar-fogo entre os dois países, em guerra aberta desde 2022. Putin e Zelensky não conversaram diretamente nenhuma vez desde o início dos combates, há cerca de três anos e meio. Nesta quarta-feira (6), um encontro entre Putin e o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff. Segundo Trump, o encontro foi "altamente produtivo" e gerou "grande progresso". Já os russos chamaram a reunião de "útil e construtiva", e que houve uma "troca de sinais" entre Moscou e Washington. "Meu enviado especial, Steve Witkoff, acabou de ter uma reunião altamente produtiva com o presidente russo Vladimir Putin. Grandes avanços foram alcançados! Depois disso, atualizei alguns de nossos aliados europeus. Todos concordam que esta guerra precisa chegar ao fim, e trabalharemos para isso nos próximos dias e semanas", afirmou Trump em sua rede social Truth Social horas após o fim da reunião. A reunião entre o líder russo e o representante americano ocorreu dois dias antes do fim do ultimato estabelecido por Trump para que a Rússia termine a guerra na Ucrânia, sob ameaças de impor "tarifas severas" de 100% sobre os russos e seus parceiros comerciais. Trump não entrou em detalhes sobre possíveis progressos no impasse entre EUA e Rússia, porém o encontro não mudou a posição da Casa Branca sobre as "tarifas severas" de 100% que Trump prometeu aos russos, afirmou um oficial do governo americano à agência de notícias Reuters. O assessor de Putin, Yury Ushakov, foi a primeira autoridade dos dois países a se manifestar após a reunião, que durou cerca de três horas. Ele adotou tom otimista e afirmou que houve uma "troca de sinais" entre os governos americano e russo, porém sem dar mais detalhes do que isso significaria. Os russos tendem a buscar um adiamento na imposição de sanções, marcadas para esta sexta-feira (8). “O enviado especial do presidente dos EUA, Steve Witkoff, foi recebido pelo nosso presidente nesta manhã. Eles tiveram uma conversa bastante útil e construtiva (...) Eles discutiram a crise na Ucrânia e as perspectivas de desenvolvimento da parceria estratégica entre Rússia e EUA. Da nossa parte, enviamos alguns 'sinais', e também recebemos alguns sinais de Trump”, afirmou o assessor do Kremlin, Yury Ushakov, a jornalistas. O CEO do Fundo Russo de Investimento e enviado especial de Putin para investimento e cooperação econômica, Kirill Dmitriev, também chamou o encontro de "construtivo" e disse que "o diálogo vai prevalecer". Trump informou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sobre a reunião entre Putin e Witkoff em ligação telefônica nesta quarta. O presidente americano disse ter atualizado também os aliados europeus sobre o encontro. Zelensky afirmou que todos estão em sintonia de que "a guerra tem que acabar" e disse que "a pressão sobre a Rússia está funcionando".

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