LAÍRE ROSADO, A Sucessão do Papa Francisco

  Quando veio ao Brasil em 2013, na Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco, sempre muito espirituoso, disse em tom de brincadeira:  “Vocês não se conformam com nada. Vocês já têm um Deus brasileiro e agora querem um papa brasileiro também?”. “O papa é argentino, mas Deus é brasileiro”. No conclave para eleger o […]

May 3, 2025 - 19:00
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LAÍRE ROSADO, A Sucessão do Papa Francisco
Publicação artigo
Os cardeais reunidos na Sala do Sínodo, no Vaticano (Vatican Media)

 

Quando veio ao Brasil em 2013, na Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco, sempre muito espirituoso, disse em tom de brincadeira:  “Vocês não se conformam com nada. Vocês já têm um Deus brasileiro e agora querem um papa brasileiro também?”. “O papa é argentino, mas Deus é brasileiro”.

No conclave para eleger o sucessor de Francisco, a partir do dia 7 de maio, sete dos 133 cardeais com direito a voto são brasileiros. Entretanto, as chances de um papa do Brasil ser eleito são remotas.

Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvado, Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília e Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, os dois primeiros nomeados por Bento XVI e os demais por Francisco.

Dom Odilo Scherer é considerado o mais conservador dos cardeais brasileiros. Para ele, “nós cardeais celebramos o conclave, não é uma campanha eleitoral. É uma celebração”. Em contrapartida, o arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Ulrich Steiner, é tido como uma das vozes progressistas da igreja católica no Brasil. Para ele, Francisco foi um papa preocupado com os pobres, um Papa preocupado com a misericórdia de Deus, um Papa que desejou que o Evangelho fosse um motivo de alegria, fosse um motivo de esperança.”

Pelas declarações dos cardeais brasileiros, é possível entender que dificilmente haverá, entre eles, entendimento para uma votação em bloco. Dom Sérgio Rocha declarou que “o que se passa no conclave é a ação de Deus”. Mesmo que Dom Odilo Scherer fale em “celebração”, acredita-se que o a eleição do novo papa reabrirá disputas internas entre alas progressistas e conservadoras da Igreja. Ninguém está excluído de ser votado e de votar.

Dos 252 cardeais, 135 têm direito a voto. 80% deles foram nomeados por Francisco. Os conservadores, teoricamente, são minoria, mas os cardeais estão conscientes de que está em jogo, mais do que a sucessão de um pontífice, mas o futuro da própria Igreja Católica.

Pessoalmente, rezo para que o trabalho de Francisco não seja interrompido.

Dom Raymundo Damasceno Assis, de 88 anos, arcebispo emérito de Aparecida do Norte (SP), não poderá votar, embora participe das discussões e possa ser votado.

 

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