LAÍRE ROSADO Divergências pré-eleitorais

    A divisão política na escolha de candidatos majoritários nas eleições de 2026 não significa, por si só, que a oposição esteja fragilizada. A história política brasileira já revelou candidatos vitoriosos em situações dessa natureza, com a consequente derrota de nomes tidos como favoritos.   Em nível federal, a disputa é muito acentuada. O […]

Oct 8, 2025 - 22:00
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LAÍRE ROSADO Divergências pré-eleitorais

 

 

A divisão política na escolha de candidatos majoritários nas eleições de 2026 não significa, por si só, que a oposição esteja fragilizada. A história política brasileira já revelou candidatos vitoriosos em situações dessa natureza, com a consequente derrota de nomes tidos como favoritos.

 

Em nível federal, a disputa é muito acentuada. O presidente Lula, candidato à reeleição, enfrentou e continua a enfrentar dificuldades políticas que animam seus adversários. Contudo, a oposição tem um problema maior: a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, que projetou e ainda sustenta os políticos classificados como de direita. No momento, enquanto Lula é considerado maior do que o PT, Bolsonaro não consegue ficar acima dos partidos classificados tidos como espectro de direita.

 

Bolsonaro é visto como o melhor candidato a presidente pela oposição, mas está inelegível. Esse espaço político está sendo disputado, acirradamente, por sua esposa, Michelle Bolsonaro PL), deputado federal Eduardo Bolsonaro PL), Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, e Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul. Todos almejam a vaga, mas sinalizam que seus nomes não dependem, necessariamente, da benção de Jair Bolsonaro.

 

Em nível estadual, a oposição leva a vantagem pelo fato de o governo não ter preparado um nome para suceder a governadora Fátima Bezerra. Surgiu o nome do secretário da Fazenda, Cadu Xavier, que aceitou o desafio dessa candidatura. Apesar do carisma e do bom relacionamento, ele ainda é um nome desconhecido no Rio Grande do Norte. A base governista aposta no apoio do presidente Lula, que poderia garantir cerca de 30% dos votos ao candidato do PT – uma votação significativa para leva-lo ao segundo turno.

 

Por outro lado, a oposição enfrenta a desvantagem não apenas da divisão, mas, também, do radicalismo entre os seus representantes. O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, mesmo aparecendo bem nas pesquisas, não conseguiu conquistar a confiança dos seus aliados. As lideranças oposicionistas divergem publicamente e trocam acusações com palavras duras o que evidencia a dificuldade de um entendimento, logo no primeiro turno. A pré-campanha revela uma tendência à radicalização como há muito não se via em nosso estado. Adjetivar potenciais aliados como “cretino”, “mentiroso”, “desleal” e “desonesto”, é uma demonstração da impossibilidade de união dos líderes oposicionistas, ao menos na primeira fase da disputa.

 

De qualquer forma, a disputa ainda está na fase preliminar e o cenário pode mudar muito. Quanto aos eleitores, eles esperam que a disputa não repita o radicalismo de campanhas que anteriores, que não deixaram saudades.

 

 

 

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