Lula ficou ‘estarrecido’ com número de mortos no Rio, diz Lewandowski; GLO não foi discutida em reunião no Alvorada
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (29) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou “estarrecido” com número de mortes na megaoperação contra o crime organizado realizada nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro. A operação que mirou a facção Comando Vermelho (CV) foi considerada a […]

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira (29) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou “estarrecido” com número de mortes na megaoperação contra o crime organizado realizada nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro.
A operação que mirou a facção Comando Vermelho (CV) foi considerada a mais letal da história do Rio, nos complexos do Alemão e da Penha. O governo estadual confirma que pelo menos 121 pessoas morreram.
Lula ainda não se manifestou publicamente sobre o caso. Ele estava retornando de viagem para a Ásia e foi informado ao chegar a Brasília na noite de terça (28), segundo interlocutores do presidente. Nesta quarta, ele passou a manhã reunido com ministros no Palácio da Alvorada.
Depois da reunião, Lewandowski deu uma coletiva de imprensa ao lado do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Segundo o ministro da Justiça, o caso no Rio de Janeiro foi uma “operação extremamente cruenta (com muito sangue derramado) e violenta” (veja no vídeo acima).
“É muito importante que se diga que a responsabilidade da segurança pública é dos governos estaduais. Com a PEC da Segurança Pública queremos inverter essa operação, queremos fazer com que todas as forças colaborem entre si, mudar esse panorama”, destacou.
O ministro da Justiça também disse que Lula ficou surpreso com a falta de informações repassadas ao governo federal sobre a operação.
Questionado sobre a possibilidade de instalação de uma norma de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Lewandowski afirmou que trata-se de uma operação complexa, que deveria ser “requerida primeiramente pelo governador”.
“Não é uma ação espontânea do presidente ou do governo federal. É algo exatamente complexo, medida excepcionalíssima”, seguiu.
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