Lula se manifesta sobre morte de Clara Charf, viúva de Marighella

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou o falecimento da Clara Charf, ativista de esquerda e viúva do político e guerrilheiro Carlos Marighella, morto em 1969.

Em uma publicação no X, o petista descreveu a ativista como “corajosa, generosa, combativa e de grande maturidade política”. Ele relembrou a trajetória política de Clara, que faleceu aos 100 anos nesta segunda-feira (3/11).

“Clara Charf nos deixou hoje, aos 100 anos de idade. Com seu falecimento, o Brasil perde uma mulher extraordinária. E eu perco uma companheira de muitas caminhadas”, escreveu o presidente.

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“Corajosa, generosa, combativa e de grande maturidade política, Clara viveu o exílio, enfrentou a ditadura e defendeu incessantemente a democracia. Atravessou seu século de vida com uma flexibilidade bonita de quem sabia compreender o novo sem abandonar seus princípios, de quem olhava o mundo com lucidez e coração aberto”, prosseguiu Lula.

Clara iniciou a trajetória de militância em 1946, aos 21 anos, quando se filiou ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Durante a ditadura militar, após o assassinato de Marighella, em 1969, foi exilada do Brasil e passou a viver em Cuba. Ao retornar ao país, 10 anos depois, ajudou na construção do Partido dos Trabalhadores (PT) e se filiou à sigla.

Em sua mensagem, Lula lembrou ter convivido com Clara durante mais de 40 anos. “Aprendi muito com ela sobre política, solidariedade, resistência e humanidade. E hoje me despeço dela com carinho, respeito e gratidão a essa grande brasileira que tanto fez pelo nosso país e por todos nós que tivemos a sorte de tê-la por perto”, finalizou.

Outros políticos e militantes do PT também estão se manifestando nesta segunda-feira. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), a chamou de “histórica militante das lutas democráticas e sociais do nosso país” e disse que ela “deixa um legado de resistência, coragem e esperança que continuará inspirando gerações”.