Lula volta a São Paulo em meio à ofensiva do PT contra Tarcísio
Lula participa de evento em SP no momento que PT volta artilharia contra Tarcísio após acusar o governador de atuar para derrubar MP do IOF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna a São Paulo nesta sexta-feira (10/10) em meio à ofensiva do PT contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), após o governo federal acusar o governador paulista de atuar nos bastidores pela derrubada da Medida Provisória (MP) apresentada como alternativa ao aumento frustrado do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Lula participa de um evento para anunciar um modelo de crédito imobiliário no Centro de Convenções Rebouças, zona oeste da capital. O presidente deve estar acompanhado do vice, Geraldo Alckmin (PSB), e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Jader Filho (Cidades), além dos presidentes da Caixa Econômica Federal e do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo.
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"Não tem motociata, não tem pornochanchada, tem caminhada", disse LulaBRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto5 de 12
Presidente Lula na ONUAlexi J. Rosenfeld/Getty Images6 de 12
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)7 de 12
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Valdemar elogiou chapa com Tarcísio e Ciro NogueiraReprodução/ redes Ciro Nogueira9 de 12
Aliado de Bolsonaro, Tarcísio conversa com Moraes durante cerimônia no TSEIgo Estrela/ Metrópoles10 de 12
Valdemar da Costa Neto, Silas Malafaia e Tarcísio de Freitas conversam durante manifestação bolsonarista na Avenida PaulistaSam Pancher/Metrópoles11 de 12
Tarcísio de Freitas aponta risco de perda de 120 mil empregos em São Paulo devido ao tarifaçoIsabella Finholdt / Metrópoles12 de 12
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e o ex-presidente Jair BolsonaroIsabella Finholdt/ Metrópoles
Assim como nas últimas agendas de Lula em São Paulo, Tarcísio não participará do evento. No mesmo dia, a gestão estadual inicia um mutirão também na área habitacional, em que distribuirá cartas de crédito imobiliário por meio do programa Casa Paulista, uma das principais vitrines da gestão do governador.
Na avaliação de petistas, a menos de um ano das eleições, o governador saiu do “recuo tático” em que estava nas últimas semanas e voltou a atuar nos bastidores para tentar enfraquecer o governo Lula e, consequentemente, pavimentar um caminho que possa levá-lo a ser competitivo em eventual disputa com o petista pela Presidência da República em 2026.
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Alvo do PT
Desde a noite de quarta-feira (8/10), o governador passou a ser alvo de críticas de parlamentares da base lulista e de ministros por ter atuado na articulação junto a lideranças do Centrão e deputados federais para a derrubada da MP do IOF. O próprio líder da oposição na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), agradeceu na tribuna o empenho de Tarcísio.
Relator da MP, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) reclamou no dia da votação. Ele disse que foi construído um acordo para aprovação, quebrado pela suposta atuação dos agentes da oposição. “Quebra de acordo. A disputa não é mais técnica, é eleitoral. Nesse jogo entrou Tarcísio, Ciro Nogueira [senador do PP] e Antônio Rueda [presidente do União Brasil]. Estão querendo prejudicar o governo pela campanha de 2026”, afirmou Zarattini.
Nesta quinta-feira (9/10), durante uma agenda no interior paulista, Tarcísio publicou um vídeo em suas redes sociais acusando o PT de “mentir” e promover uma “ampla campanha de desconstrução de imagem e reputação”. Disse que o partido de Lula mente ao responsabilizá-lo pela derrota no Congresso.
“Paciência tem limite. Há meses, a gente vem sendo alvo de uma ampla campanha de desconstrução de imagem, reputação, por parte do PT. Ofensas, mentiras, nas redes sociais. Tudo certo, nada diferente do que a gente sempre viu sobre o PT. A estratégia do PT sempre foi essa: vender um mundo perfeito na publicidade, gastando o seu dinheiro para isso, espalhando também o medo, o ódio, para cima de quem pensa diferente deles”, disse Tarcísio.
No vídeo publicado em seu Instagram, ele fala que o PT o acusa “de ter trabalhado para evitar que o governo cobre mais impostos da população”, e que o partido fica “jogando uns contra os outros”. Tarcísio também diz para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ter “vergonha” e “respeitar os brasileiros”.
Um dia antes, por meio da assessoria, Tarcísio já havia negado a atuação contra a MP, contrariando relatos de deputados e lideranças do Congresso Nacional: “Estou totalmente focado nos desafios e nas demandas de São Paulo. Temos muitas ações e prioridades em andamento aqui no estado, e essa questão cabe ao Congresso”.
A negativa de Tarcísio, por sua vez, alimentou ainda mais a revolta de lideranças do PT e do governo Lula. A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), reagiu.
“É vergonhoso o governador Tarcísio fingir que não atuou para sabotar a MP 1303, quando até o líder da oposição agradeceu a ele. O que Tarcísio quer esconder do eleitor é que ele é o candidato dos bilionários, das bets e dos golpistas. Não pensa no povo nem no país”, escreveu a ministra em uma publicação no X.
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