Malunguinho: religioso dizia incorporar espírito para abusar de mulheres
Rafael Maia Carlos Fonseca, de 49 anos, alegava que recebia entidade quando praticou os crimes; ele foi preso pela PCDF nesta quarta (24/12)
Preso por suspeita de abusar sexualmente de fiéis, Rafael Maia Carlos Fonseca, de 49 anos, dizia às fiéis estar incorporando uma entidade espiritual chamada “Malunguinho” para justificar os abusos praticados. As vítimas relataram que os abusos ocorriam durante cerimônias religiosas. Ele foi capturado no Distrito Federal na manhã desta quarta-feira (24/12).
Rafael exigia que as mulheres tirassem as vestes e passava um pó nas vítimas, além de dar uma bebida cujo teor alcoólico não foi identificado.
Segundo a Polícia Civil do DF (PCDF), o homem que é morador do Guará (DF), aproveitava-se da fé e da confiança de mulheres, frequentadoras de sua instituição religiosa, para praticar abusos sexuais, utilizando, como justificativa, supostos rituais de purificação e lavagem espiritual.
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Segundo os depoimentos colhidos, os abusos aconteciam de forma gradual e progressiva, com toques indesejados e invasivos no corpo das vítimas, gerando situações de constrangimento, medo e sofrimento emocional.
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Preso por suspeita de abusar sexualmente de fiéis, Rafael Maia Carlos Fonseca, de 49 anos, alegava às fiéis estar incorporando entidades espirituaisReprodução/Redes sociais
Segundo a Polícia Civil do DF (PCDF), o homem que é morador do Guará (DF), aproveitava-se da fé e da confiança de mulheresReprodução/Redes sociais
Divulgação/PCDF
As condutas investigadas indicam que o autor se valia de sua posição de liderança religiosa para manipular psicologicamente as vítimas e cometer os crimes.
A operação policial teve como objetivo a responsabilização do investigado e a coleta de novos elementos probatórios que possam corroborar as denúncias, já formalizadas, além de identificar outras vítimas.
As investigações foram conduzidas a partir de relatos de diversas mulheres e da análise de provas reunidas ao longo do procedimento policial.
“A PCDF informa que a imagem do investigado será divulgada, considerando a possibilidade de existirem outras vítimas que ainda não tenham formalizado denúncia. Mulheres que tenham sofrido situações semelhantes são orientadas a procurar a Deam I, registrar ocorrência por meio da delegacia eletrônica ou comparecer à delegacia mais próxima de sua residência. Denúncias também podem ser feitas pelo telefone 197, com garantia de sigilo”, orientou a delegada-chefe da Deam I, Adriana Romana.
Cumpridas as formalidades legais, o preso foi conduzido à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), onde permanece à disposição da Justiça.
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