Metanol em bebidas: “Postos podem responder por mortes”, diz Derrite

A participação do postos de combustíveis foi apontada após a Polícia Civil fechar fábrica clandestina que usava etanol batizado com metanol

Oct 10, 2025 - 15:00
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Metanol em bebidas: “Postos podem responder por mortes”, diz Derrite

Suspeitos de falsificar bebidas alcoólicas compraram álcool (etanol) contaminado com metanol em postos de combustíveis, segundo o secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), Guilherme Derrite. De acordo com o secretário, por conta disso, os donos dos estabelecimentos podem responder como “coautores” das mortes por intoxicação.

A participação dos postos de combustíveis foi apontada após a Polícia Civil fechar, na manhã desta sexta-feira (10/10), uma fábrica clandestina que usava etanol batizado comprado em um posto para produzir bebidas falsificadas no ABC paulista. Falsificadores teriam ido comprar etanol e acabaram comprando a matéria-prima contaminada com metanol. A informação foi confirmada durante uma coletiva de imprensa da SSP, realizada no início desta tarde. 19 imagensPeritos analisam destilados em SPAutoridades apreenderam em um mercadinho mais de 40 garrafas de uísque, gin e vodcaProcon participa da operação tambémPolícia de SP investiga casosUm estabelecimento nos Jardins, outro na Mooca, um na Vila Mariana e outro em São Bernardo foram interditadosFechar modal.1 de 19

Governo do Estado de São Paulo/Divulgação2 de 19

Peritos analisam destilados em SPDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo3 de 19

Autoridades apreenderam em um mercadinho mais de 40 garrafas de uísque, gin e vodcaDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo4 de 19

Procon participa da operação tambémDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo5 de 19

Polícia de SP investiga casosDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo6 de 19

Um estabelecimento nos Jardins, outro na Mooca, um na Vila Mariana e outro em São Bernardo foram interditadosDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo7 de 19

Entre terça e quarta, foram apreendidas 800 garrafas de bebidas alcoólicas suspeitas de adulteraçãoDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo8 de 19

Vigilância Sanitária trabalha em conjunto com a Polícia Civil de SPDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo9 de 19

Duas pessoas foram presas suspeitas de envolvimento em intoxicação por metanolDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo10 de 19

Só nesta terça-feira, 112 garrafas de vodca foram apreendidas em diversos pontos da capital paulistaDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo11 de 19

Os bares estão sendo interditados de maneira cautelarDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo12 de 19

Operação apreendeu 50 mil garrafas de bebidas adulteradasDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo13 de 19

Governo do Estado de São Paulo/Divulgação14 de 19

Vigilância Sanitária interditou estabelecimentos em SPDivulgação/ Governo do Estado de São Paulo15 de 19

Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles16 de 19

Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles17 de 19

Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles18 de 19

Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles19 de 19

Bar na Mooca fechadoWilliam Cardoso/Metrópoles

O secretário da Segurança Pública indicou que a fábrica clandestina possui ligação, inclusive, com dois óbitos por intoxicação no estado. Com o álcool contaminado, o local produzia diversas garrafas com metanol, que eram vendidas para diversos bares de São Paulo.

“Eu não descarto a tese de responder como coautores num possível homicídio, seja homicídio culposo, associação criminosa, porque ele tem responsabilidade sobre o etanol adulterado de gasolina. Aí vai depender da linha de investigação da autoridade que estiver tocando esse inquérito e a denúncia que for oferecida pelo Ministério Público”, explicou.

A SSP afirma que o próximo passo da investigação é averiguar os estabelecimentos suspeitos de venderem esse etanol adulterado.

“A nossa suspeita é de que esses casos que geraram lesões gravíssimas, mortes, adquiriram a matéria prima etanol do mesmo posto de combustível”, explicou.

Fábrica clandestina é fechada

A Polícia Civil fechou, na manhã desta sexta-feira (10/10), a fábrica clandestina que usava etanol comprado em postos de combustíveis para produzir bebidas falsificadas em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. 4 imagensMarcos Antônio Jorge Junior, de 46 anos, vítima da intoxicação por metanolEmpresário era bebedor contumaz, segundo familiarRicardo Mira foi a primeira vítima do metanol confirmadaFechar modal.1 de 4

Marcos Antônio foi a segunda vítima confirmada em casos relacionados ao metanolReprodução/ Redes Sociais2 de 4

Marcos Antônio Jorge Junior, de 46 anos, vítima da intoxicação por metanolReprodução/ Redes Sociais3 de 4

Empresário era bebedor contumaz, segundo familiarReprodução/Facebook4 de 4

Ricardo Mira foi a primeira vítima do metanol confirmadaReprodução/Facebook

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A corporação cumpriu mandados de busca e apreensão em São Paulo, São Bernardo do Campo e São Caetano. Ao todo, oito suspeitos foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos. Garrafas, bebidas, celulares e outros itens foram apreendidos e encaminhados para perícia.

“A Polícia Civil segue com as investigações para apurar o envolvimento dos suspeitos e a origem dos produtos apreendidos”, disse a SSP.

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