Metanol: Saúde fecha sala de situação após 12 dias do último caso
Ministério da Saúde afirmou que o cenário de estabilidade epidemiológica está consolidado
O Ministério da Saúde anunciou, 12 dias após o último caso confirmado, nesta segunda-feira (8/12), que já encerrou a sala de situação que monitorava os casos de intoxicação por metanol no país. A sala foi criada em 1º outubro (portanto, com duração de 68 dias), logo após o surgimento dos casos iniciais de envenenamento, cujo primeiro aviso foi feito em 26 de setembro.
A portaria com o fim da central de comando do metanol foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), com a assinatura do ministro da pasta, Alexandre Padilha. Agora, o órgão está apenas com uma sala de situação em aberto, sobre vírus respiratórios.
“Com a redução expressiva de novos casos e óbitos, o ministério considera que um cenário de estabilidade epidemiológica está consolidado”, declarou, em nota.
A sala de situação contou com atuação de representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), ministérios da Agricultura e Pecuária e da Justiça e Segurança Pública, entre outros.
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Volta ao normal
Segundo o ministério, todos os estados contam atualmente com estoque garantido de antídotos e maior capacidade de realizar diagnósticos. “Agora, a assistência e o acompanhamento voltam ao fluxo rotineiro da vigilância de intoxicações exógenas, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)”.
Os números do metanol
Dados do governo mostram grande discrepância entre o número de casos registrados como suspeitos de intoxicação (890, entre 26/9 e 5/12) e os casos de fato comprovados (73) – o equivalente a 8,2%. Outros 29 permanecem como suspeitos e ainda estão sendo analisados.
O surto do envenenamento por metanol deixou 22 mortos, em São Paulo, Pernambuco, Paraná, Bahia e Mato Grosso do Sul. Outros nove óbitos seguem em investigação.
Os estados mais afetados foram:
- São Paulo (578 casos notificados; 50 confirmados);
- Pernambuco (109 casos notificados; oito confirmados);
- Mato Grosso (seis confirmados);
- Paraná (seis confirmados);
- Bahia (dois confirmados); e
- Rio Grande do Sul (um confirmado).
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