Minas Gerais se consolida como polo de atração de grandes empresas

Minas Gerais atravessa um período de expansão consistente. Nos últimos seis anos, o estado atraiu cerca de R$ 520 bilhões em novos investimentos, com quase 290 mil empregos diretos gerados em todas as regiões mineiras.

Cidades como Uberaba, Araxá, Janaúba, Juatuba, Extrema, Passos, Uberlândia, Itinga, Montes Claros e Pouso Alegre receberam empreendimentos de grande porte que já estão em operação.

Foram mais de 1,1 mil projetos distribuídos por mais de 200 municípios mineiros, do Norte ao Triângulo, do Jequitinhonha à Zona da Mata.

A interiorização dos investimentos foi fundamental para sustentar economias locais, diversificar matrizes produtivas e criar empregos duradouros. 

Indústria diversificada ganha força

O avanço é puxado por empresas nacionais e internacionais que ampliaram operações e instalaram novos empreendimentos em setores estratégicos como energia solar, mineração, infraestrutura, mobilidade, entre outros.

No setor de energia solar, Minas tornou-se referência nacional com a instalação de grandes complexos fotovoltaicos.

O estado atingiu 13 GW de potência instalada, patamar superior ao de dezenas de países em geração de energia.

Projetos da Solatio, Atlas, Janaúba Geração, Vale (Sol do Cerrado) e Mori Energia levaram cerca de R$ 25 bilhões para municípios como Manga, Pirapora, Paracatu, Jaíba e Janaúba, concentrando dezenas de empreendimentos que vêm transformando o perfil produtivo do Norte de Minas. 

Apenas o projeto da Solatio em Manga, sozinho, somou R$ 19 bilhões em investimentos e mais de 3,2 mil empregos diretos. Planta fotovoltaica de Solatio

Expansão industrial em múltiplos setores

Esse movimento de aceleração se repete na mineração e nos minerais críticos, com aportes robustos de empresas como CSN, Vale, Sigma, CBMM, Comisa, M4E Lithium e Axel REE, que garantiram a modernização do setor e consolidaram Minas como polo estratégico de lítio e nióbio, além de ter avançado na cadeia das terras raras — insumos essenciais para a transição energética global.

O projeto estratégico Vale do Lítio, no Jequitinhonha, por exemplo, recebeu mais de R$ 6 bilhões, enquanto a CBMM, em Araxá, investiu RS 841 milhões na ampliação da produção de nióbio. Já a expansão da Mina do Quéias, em Brumadinho, soma R$ 8,6 bilhões em nova fase de investimentos.

A diversificação industrial também aparece nos setores de alimentos e bebidas, que registraram forte aceleração com a expansão e instalação de novas plantas.

O Grupo Petrópolis, em Uberaba, anunciou R$ 1,4 bilhão para a construção de parque fabril, enquanto a Ambev ampliou operações em três municípios mineiros, com mais de R$ 200 milhões em novos aportes. Localizada em Uberaba, a oitava unidade fabril do Grupo Petrópolis — cervejaria com capital 100% nacional — foi inaugurada no dia 28 de agosto de 2020

Em eletrodomésticos, a Midea investiu R$ 575 milhões enquanto a Panasonic destinou R$ 300 milhões à ampliação das atividades.

Na indústria automotiva e siderúrgica, os números também são expressivos. A Stellantis anunciou R$ 14 bilhões para lançamento de produtos e desenvolvimento tecnológico.

A Usiminas iniciou a reforma de alto-forno em Ipatinga, com R$ 3,8 bilhões em investimentos, e a Gerdau formalizou RS 5 bilhões em seis projetos em Ouro Branco, Ouro Preto e Congonhas.

2025 mantém ritmo acelerado

Minas já somou neste ano, R$ 65 bilhões em novos investimentos e 66 mil empregos diretos, distribuídos em 260 projetos e 134 municípios.

Setores como mineração, minerais críticos, fertilizantes, indústria farmacêutica e automotiva seguem liderando a expansão, com empreendimentos de alto impacto em municípios como Brumadinho, Araçuaí, São Gotardo e Pouso Alegre.

Os resultados refletem a construção de um ambiente de negócios moderno, eficiente e orientado ao diálogo com o setor produtivo.

A agilidade na atração de novos empreendimentos, aliada à estabilidade regulatória, credibiliza Minas como um estado pronto para receber projetos de grande escala e estimular o crescimento sustentável.