Mistérios sem respostas: relembre desaparecimentos enigmáticos no país
Eles desapareceram, sem deixar rastros, e suas famílias sofrem sem respostas. Veja casos de desaparecimentos nunca desvendados no Brasil

Eles sumiram sem deixar rastros e, mesmo após anos, seus paradeiros jamais foram desvendados. Hoje, familiares ainda lutam em busca de respostas. Confira casos de desaparecimentos jamais explicados no Brasil.
Leia também
-
Mirelle Pinheiro
Caso da mala: assassino confessa que se inspirou em crime famoso de SP
-
Mirelle Pinheiro
Vídeo: médico e estagiária são flagrados fazendo UPA de motel
-
Mirelle Pinheiro
Idosa de 86 anos morre e revela horror em asilo clandestino em GO
-
Mirelle Pinheiro
Caso da mala: quem é o publicitário que matou e esquartejou namorada
O caso Marco Aurélio
Marco Aurélio Bezerra Bosaja Simon era um garoto escoteiro de apenas 15 anos quando desapareceu, em 8 de junho de 1985, durante uma excursão ao Pico dos Marins, no município de Piquete, em São Paulo.
O inquérito policial foi produzido com base nos relatos daqueles que acompanhavam o garoto naquele dia, sobretudo as versões do líder Juan Bernabeu Céspedes e dos escoteiros Osvaldo Lobeiro, Ricardo Salvione e Ramatis Rohm.
Quando escalavam o pico, um dos garotos teria machucado o joelho, então o líder do grupo autorizou Marco Aurélio a voltar sozinho ao acampamento, descendo o Pico dos Marins e abrindo caminho na frente, marcando as pedras com giz o número 240 (identificação do Grupo de Escoteiros Olivetanos).
Quinze minutos depois de deixar o restante do grupo, Marco já não foi mais visto. Foi montada uma das maiores forças-tarefa do Brasil para encontrar o menino. O caso chegou a ser eleito pela revista Go Outside como um dos dez maiores desaparecimentos do mundo, ocupando o terceiro lugar na lista.
O caso, porém, foi arquivado em abril de 1990 e foi desarquivado para estudo em 10 de março de 2005, numa investigação conduzida pelo jornalista investigativo Rodrigo Nunes, que, em 2015, publicou um livro sobre o caso. Em 2021, o caso foi reaberto para investigação.
O desaparecimento de Marco nunca foi esquecido. A sociedade gerou várias teorias sobre o sumiço, como, por exemplo, o envolvimento de extraterrestres.
Duas décadas sem respostas
Um dos casos mais emblemáticos do país quando o assunto é desaparecimento, é o sumiço de Priscila Belfort, irmã do lutador Vitor Belfort.
Ela sumiu misteriosamente em 9 de janeiro de 2004. Vinte anos após o desaparecimento, a família ainda busca por respostas.
Segundo a investigação, naquele dia, Priscila chegou ao escritório onde trabalha por volta de 11h. Ela foi vista pela última vez por um funcionário do prédio, que teria a visto caminhando por volta das 13h, na Avenida Marechal Floriano.
Assim como na maioria dos desaparecimentos, a polícia e a família tiveram de lidar com trotes e falsas esperanças. Pistas concretas que levassem ao paradeiro da jovem jamais foram encontradas.
Inicialmente, a linha de investigação da polícia seguiu a hipótese de um sequestro. Depois, os investigadores passaram a considerar a possibilidade de Priscila ter sido morta por traficantes. À época, surgiram boatos de que ela seria usuária de drogas, mas a família sempre negou e nunca houve comprovação.
A mãe de Priscila, Jovita Belfort, usou a dor para ajudar pessoas que vivem a mesma angústia. Tornou-se ativista contra a invisibilidade de pessoas desaparecidas, trabalhando em prol disso até os dias atuais.
Sumiço na praia
Há cerca de um ano e seis meses, o pequeno Edson Davi desapareceu, aos seis anos, sem deixar nenhuma pista. Ele brincava na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, em 4 de janeiro de 2024, quando sumiu.
A Delegacia de Descoberta de Paradeiros adotou a linha de investigação de que o menino teria se afogado. A família do menino, no entanto, nunca concordou, sustenta que ele jamais entraria sozinho na água e defende a hipótese de que teria sido sequestrado.
Naquele dia, Edson Davi acompanhava o pai no trabalho, uma prática comum na rotina da família. O homem trabalhava como comerciante em uma barraca própria montada na praia.
Edson foi visto pela última vez por volta das 16h daquele dia. Ele jogava bola com crianças que também estavam no local, acompanhadas de seus familiares.
Em janeiro deste ano, quando o desaparecimento completou um ano, a família de Edson Davi organizou um protesto na praia da Barra da Tijuca, exigindo esclarecimentos e avanço nas investigações.
What's Your Reaction?






