Mulher acusada de recrutar brasileiros para tráfico humano nas Filipinas usa vídeos e grupos para atrair pessoas

Como age recrutadoras acusadas de aliciar brasileiros para tráfico humano no Sudeste Asiático O Profissão Repórter revelou os bastidores de uma rede internacional de recrutamento que alicia brasileiros para tráfico humano no Sudeste Asiático em empresas que aplicam golpes. As vítimas citam os nomes de duas recrutadoras: Fabiana e Karen. A reportagem teve acesso a um grupo no Telegram denominado "Brasileiros Mundo Afora", com 107 membros, administrado pelas duas sócias. Por lá, elas divulgam o cotidiano no Sudeste Asiático e vagas de emprego na região. Em uma das mensagens, Fabiana anuncia: “Pessoal, tenho vagas para cassino em Bavet." Fabiana também é ativa nas redes sociais, onde publica vídeos com dicas para brasileiros que desejam trabalhar nas Filipinas. Ela afirma recrutar pessoas para atuar em call centers. Em um dos vídeos, Fabiana aparece dizendo: “O que eu quero é ver essa Filipinas cheia de brasileiros, aumentando nossa comunidade, eu acho isso superbacana. Não que eu seja o alecrim dourado que nasceu no mato. Eu ajudo vocês e vocês me ajudam." A reportagem mostrou ainda que Fabiana adaptou a própria casa para receber brasileiros recém-chegados ao país asiático. “É como se fosse uma compra e venda de escravos”, disse Diego de Lima, uma das vítimas. Diego contou que foi recrutado para ser tradutor, mas, ao chegar lá, descobriu, que era para trabalhar em plataformas que aplicam golpes. Ele conta sofreu torturas e agressões para atingir as metas. "Durante seis meses, eles acabaram com a minha vida." O que dizem as acusadas A equipe do Profissão Repórter entrou em contato com Fabiana e Karen para que elas comentassem as denúncias. Durante ligação gravada, Fabiana negou envolvimento com atividades ilegais: “O que eu tinha aqui nas Filipinas era totalmente legal, tá? [...] Eu vi uma oportunidade para ajudar outras pessoas também.” Questionada sobre denúncias de superfaturamento de passagens, ela respondeu: “Eu superfaturar com passagem? Claro que não, mentira deles.” Sobre Rodrigo, apontado como seu ex-secretário, Fabiana afirmou: “O Rodrigo é o maior traficante, cara. Foi ele que começou toda essa empreitada.” Inicialmente, Fabiana negou conhecer Karen: “Que Karen? Quem é Karen? Eu não conheço nenhuma Karen, por quê?” Após ser confrontada com postagens em que aparece como moderadora de um grupo administrado por Karen, ela recuou: “Ela me chama de chefe, é o modo da gente se tratar, não tem nada a ver.” Karen também negou as acusações: “Todos os candidatos que saíram do Brasil estavam super cientes daquilo que iam trabalhar. Essa questão de que estão acusando, falando, é tudo uma grande mentira.” Sobre a empresa TCGC, citada por uma das vítimas, Karen disse: “TCGC? O que é isso?” Ela também negou ter recrutado a jovem Daniela Maris, presa no Camboja. “Ela estava no aeroporto de São Paulo quando me ligou dizendo que estava indo para uma empresa no Sudeste Asiático. Eu falei pra ela não ir.” Veja a íntegra do programa no vídeo abaixo: Edição de 07/10/2025 Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter:

Oct 8, 2025 - 07:30
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Mulher acusada de recrutar brasileiros para tráfico humano nas Filipinas usa vídeos e grupos para atrair pessoas
Como age recrutadoras acusadas de aliciar brasileiros para tráfico humano no Sudeste Asiático O Profissão Repórter revelou os bastidores de uma rede internacional de recrutamento que alicia brasileiros para tráfico humano no Sudeste Asiático em empresas que aplicam golpes. As vítimas citam os nomes de duas recrutadoras: Fabiana e Karen. A reportagem teve acesso a um grupo no Telegram denominado "Brasileiros Mundo Afora", com 107 membros, administrado pelas duas sócias. Por lá, elas divulgam o cotidiano no Sudeste Asiático e vagas de emprego na região. Em uma das mensagens, Fabiana anuncia: “Pessoal, tenho vagas para cassino em Bavet." Fabiana também é ativa nas redes sociais, onde publica vídeos com dicas para brasileiros que desejam trabalhar nas Filipinas. Ela afirma recrutar pessoas para atuar em call centers. Em um dos vídeos, Fabiana aparece dizendo: “O que eu quero é ver essa Filipinas cheia de brasileiros, aumentando nossa comunidade, eu acho isso superbacana. Não que eu seja o alecrim dourado que nasceu no mato. Eu ajudo vocês e vocês me ajudam." A reportagem mostrou ainda que Fabiana adaptou a própria casa para receber brasileiros recém-chegados ao país asiático. “É como se fosse uma compra e venda de escravos”, disse Diego de Lima, uma das vítimas. Diego contou que foi recrutado para ser tradutor, mas, ao chegar lá, descobriu, que era para trabalhar em plataformas que aplicam golpes. Ele conta sofreu torturas e agressões para atingir as metas. "Durante seis meses, eles acabaram com a minha vida." O que dizem as acusadas A equipe do Profissão Repórter entrou em contato com Fabiana e Karen para que elas comentassem as denúncias. Durante ligação gravada, Fabiana negou envolvimento com atividades ilegais: “O que eu tinha aqui nas Filipinas era totalmente legal, tá? [...] Eu vi uma oportunidade para ajudar outras pessoas também.” Questionada sobre denúncias de superfaturamento de passagens, ela respondeu: “Eu superfaturar com passagem? Claro que não, mentira deles.” Sobre Rodrigo, apontado como seu ex-secretário, Fabiana afirmou: “O Rodrigo é o maior traficante, cara. Foi ele que começou toda essa empreitada.” Inicialmente, Fabiana negou conhecer Karen: “Que Karen? Quem é Karen? Eu não conheço nenhuma Karen, por quê?” Após ser confrontada com postagens em que aparece como moderadora de um grupo administrado por Karen, ela recuou: “Ela me chama de chefe, é o modo da gente se tratar, não tem nada a ver.” Karen também negou as acusações: “Todos os candidatos que saíram do Brasil estavam super cientes daquilo que iam trabalhar. Essa questão de que estão acusando, falando, é tudo uma grande mentira.” Sobre a empresa TCGC, citada por uma das vítimas, Karen disse: “TCGC? O que é isso?” Ela também negou ter recrutado a jovem Daniela Maris, presa no Camboja. “Ela estava no aeroporto de São Paulo quando me ligou dizendo que estava indo para uma empresa no Sudeste Asiático. Eu falei pra ela não ir.” Veja a íntegra do programa no vídeo abaixo: Edição de 07/10/2025 Confira as últimas reportagens do Profissão Repórter:

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