Mulher que carbonizou marido já foi presa por matar outro companheiro

Segundo boletim de ocorrência, a mulher ficou presa por 7 anos acusada de matar um outro marido há anos atrás. Ela nega ter cometido o crime

May 12, 2025 - 22:00
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Mulher que carbonizou marido já foi presa por matar outro companheiro

São Paulo — A mulher que matou o marido, identificado como José Fábio da Silva, carbonizado e jogou as cinzas em um rio de Jaú, no interior de São Paulo, em crime ocorrido no último dia 4 de maio, já foi presa anteriormente por matar outro companheiro, anos atrás.

Segundo o boletim de ocorrência obtido pelo Metrópoles, a mulher foi condenada a 10 anos, cumprindo sete deles, acusada de matar o marido dela na ocasião. De acordo com o registro policial, um vizinho da suspeita também foi preso.

A mulher contou à polícia que não participou do assassinato do homem na época do primeiro crime, mas que o companheiro abusava sexualmente da filha dela. A suspeita ainda disse que foi morar com o marido quando a criança ainda tinha três anos. Com 13, ela começou a ficar com depressão por conta dos abusos. Segundo o relato, o homem passava a mãos nos seios e nas partes íntimas da vítima.

Ao ficar sabendo do abuso, o vizinho da família teria matado o abusador. A mulher foi condenada por ter participado do crime.


Matou marido carbonizado

  • No dia 4 de maio deste ano, a mulher matou o segundo homem com quem tinha um relacionamento.
  • Ela contou à polícia que o marido chegou em casa sob efeitos de álcool e cocaína, matou os dois cachorros do casal e a agrediu com socos no peito e nas costas.
  • Ao presenciar a cena, a mulher pegou um pedaço de madeira e deu dois golpes na cabeça do agressor, que, segundo ela, caiu já morto no chão.
  • Na sequência, a suspeita pegou o corpo e conduziu até o local onde costuma fazer queima de lixo, nas proximidades da residência onde mora. Ali, ela jogou gasolina no cadáver e ateou fogo, carbonizando o corpo do marido. A arma do crime foi queimada na mesma ação.
  • O corpo ficou a noite toda carbonizando. No dia seguinte pela manhã, a mulher pegou as cinzas do corpo com auxílio de um lençol e jogou o material de cima de uma ponte do Rio Jaú. Partes das cinzas caíram na beira do rio. A região está isolada para análise da perícia técnica.
  • A mulher também contou que lavou a casa. No local onde foi feita a fogueira não havia material biológico visível restante.
  • Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o caso está sendo investigado por meio de inquérito policial instaurado pela Central de Polícia Judiciária de Jaú. “Diligências prosseguem visando o devido esclarecimento dos fatos”, disse a pasta.
  • A mulher chegou a ir na polícia fazer um boletim de ocorrência, dizendo que o marido havia desaparecido.
  • No momento desta publicação, ela está solta pois não havia vestígios do crime, visto que o corpo havia virado cinzas. A polícia não tinha o flagrante e teve o pedido de prisão preventiva negado pela Justiça.

Histórico de agressões sofridas

A mulher revelou à polícia que estava convivendo e morando junto com José, morto a pauladas e posteriormente carbonizado, havia cinco anos. O casal não tinha filhos.

Ela contou que o início do relacionamento foi tudo bem, mas depois de um tempo, o homem começou a beber e a usar “droga do tipo cocaína, um pó branco que ele cheirava e outra substância que ele queimava com bombril”, definiu a mulher.

A suspeita ainda afirmou que o companheiro lhe batia depois de beber, sempre no peito e nas costas, “pois seriam uma parte que ninguém veria”. Segundo ela, as agressões eram constantes porque o homem falava que a mulher o traía, alegação que segundo a suspeita era mentira.

Na noite do crime, o homem chegou em casa sob efeito de álcool e drogas e matou os dois cachorros do casal dizendo que eles estavam sumindo com as galinhas da família, as comendo. Além dos assassinatos, José também bateu na mulher antes de ser abatido com dois golpes na cabeça.

Ela afirmou que a filha de 13 anos e a uma vizinha sabiam das agressões sofridas, mas que preferiu queimar o corpo “com medo do julgamento das pessoas, pois ninguém sabe o que ocorre dentro de casa e o que as pessoas passam”. Além disso, a mulher também confessou estar com medo de ser presa.

Ela está solta, pois não há “estado flagrancial” e a Justiça negou o pedido de prisão preventiva feito pelas autoridades. “[O caso] ainda está em investigação em busca de provas”, contou o delegado da seccional de Jaú, Euclides Salviato.

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