Nós, o povo da República Federativa do Brasil, estabelecemos que…
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Governadores bolsonaristas de sete estados se reúnem para manifestar seu apoio ao destemido Cláudio Castro, do PL de Bolsonaro, aspirante a senador nas próximas eleições.
Parabenizam o governador pela matança de 121 pessoas no Rio de Janeiro e aproveitam o momento para anunciar a criação do que passaram a chamar de “Consórcio da Paz”. Que servirá para quê?
Para articular, segundo eles, ações conjuntas contra o crime organizado. Ações que a propósito de restabelecer a paz no país empreguem, se necessário, o uso da força bruta.
Bandidos serão mortos com um tiro na cabecinha ou em qualquer outro lugar vital do corpo? Sim, serão mortos. E não somente eles, mas simples suspeitos, com ou sem antecedentes criminais.
O Brasil está repleto de políticos, empresários, até ex-presidentes da República com antecedentes criminais. Alguns condenados ou à espera de ser. Mas o tratamento reservado para eles é outro.
Inocentes serão mortos? Bem, a princípio não. Mas numa batalha na mata, por exemplo, é difícil distinguir quem é quem. Daí a expressão “danos colaterais”. Sinto muito, mas é assim.
Quanto ao fato de que a Constituição brasileira veda a pena de morte e assegura o direito do bandido de receber pena proporcional a seu crime… A Constituição precisa ser atualizada.
Todo documento envelhece. Aqui, o Congresso vive reescrevendo a Constituição em ritmo alucinante. Deveria também rever os artigos que limitam o uso da violência contra bandidos e suspeitos.
Enquanto não o fizer, os guerreiros do “Consórcio da Paz” terão de persegui-los e matá-los. A sociedade os compreenderá. Não lhes faltará apoio. É o que dizem as pesquisas.
Bandido morto é bandido bom como todos sabem. Quem discorda? Suspeito morto, doravante, é suspeito bom. Inocente morto é dano colateral. Vida que segue, Mortes que sigam.
Nós, o povo da República Federativa do Brasil, solenemente autorizamos.
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