O que disse Ministério das Mulheres sobre auditor que bateu em criança
Ministério das Mulheres acompanha as providências cabíveis e acionou a rede para assegurar acolhimento e garantia de direitos às vítimas
O Ministério das Mulheres repudiou a agressão cometida por David Cosac Junior, servidor da Controladoria-Geral da União (CGU), contra a ex-namorada e o filho dela, de quatro anos, em Águas Claras, no Distrito Federal. A nota foi publicada divulgada nessa sexta-feira (26/12).
“Violência contra mulheres e crianças é crime – e é inadmissível em qualquer circunstância, inclusive quando praticada por agente público. O Ministério das Mulheres acompanha as providências cabíveis e acionou a rede para assegurar acolhimento, proteção e garantia de direitos à vítima e ao seu filho”, afirmou a pasta.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o episódio como “inadmissível” e determinou a abertura imediata de processo interno para responsabilização e expulsão do agressor do serviço público.
Lula foi enfático ao declarar que “não vamos fechar os olhos aos agressores de mulheres e crianças, estejam eles onde estiverem, ocupem as posições que ocuparem. Um servidor público deve ser exemplo de conduta dentro e fora do local de trabalho”.
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O Ministério das Mulheres destacou ainda que o ministro Vinícius Marques de Carvalho agiu com rapidez e determinou a apuração imediata dos fatos e a adoção das medidas cabíveis em relação ao agressor.
“Além do acompanhamento do caso, o Ministério das Mulheres informa que, em articulação com a CGU, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e outros órgãos, seguirá investindo na formação de servidoras e servidores de toda a Administração Pública Federal, em todo o Brasil, para fortalecer a prevenção, a responsabilização e a cultura institucional de respeito, proteção e direitos humanos”, enfatizou.
A pasta reforça que, em situação de violência, as mulheres devem buscar ajuda. O Ligue 180 é gratuito e funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, em todo o Brasil. Em caso de emergência, acione o 190.
Violência doméstica
O caso foi relevado pela coluna Mirelle Pinheiro, do Metrópoles, que teve acesso a um vídeo que mostra Davi agredindo uma mulher e uma criança. A violência ocorreu por volta das 19h40 do dia 7 de dezembro, no estacionamento de um prédio residencial.
Moradores que presenciaram as agressões relataram que acionaram a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) após tomarem conhecimento do episódio. Apesar disso, o homem não foi preso. Nomeado em 2007 como analista de Finanças e Controle da CGU, ele passou a atuar, em 2016, como auditor federal de Finanças e Controle do órgão. A coluna apurou, por meio do Portal da Transparência, que o salário mensal recebido por ele gira em torno de R$ 25 mil.
Nas imagens, a mulher aparece segurando a criança no colo, aparentemente dormindo sobre seu ombro, quando, de forma repentina, David avança contra os dois e passa a desferir tapas no menino.
Em seguida, mãe e filho caem no chão, mas as agressões continuam. O auditor segue atacando as vítimas e chega a puxar a criança pelo braço. Na tentativa de protegê-lo, a mulher se deita sobre o menino.
Após se levantarem, o homem volta a agredir a criança, desferindo um tapa violento na cabeça do garoto.
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