Órgãos públicos vão pagar até R$ 800 mil por stands na COP 30

Metro quadrado na área verde da COP 30 é o mesmo dos bairros mais caros de Belém. Aluguel de impressora no evento chega a R$ 6 mil

Nov 4, 2025 - 12:30
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Órgãos públicos vão pagar até R$ 800 mil por stands na COP 30

Ter um espaço próprio na COP 30 em Belém, no Pará, deverá custar caro para órgãos públicos e empresas. A produtora responsável pelo espaço cobrará até R$ 800 mil para o aluguel dos espaços na área que é aberta ao público durante os 12 dias do evento.

A COP 30 começa na próxima segunda-feira (10/11).

O valor, orçado em dólares, é comparável ao metro quadrado dos bairros mais caros da capital paraense. O Supremo Tribunal Federal (STF), por exemplo, recebeu um orçamento de quase R$ 400 mil para montar um stand no evento.

As empresas e os órgãos públicos terão quatro opções. Para a mais simples, o m² será de USD 1.250. Já a mais cara, custará USD 1.500. A exploração do espaço está nas mãos da Consórcio Pronto-RG, empresa responsável pela produção da zona verde da COP 30.

Confira os valores:

  • categoria bronze: R$ 335.000 para 50 m² (U$ 1.250,00 o m²)
  • categoria prata: R$ 7.236,00,00 para 100 m² (U$ 1.350,00 o m²)
  • categoria ouro: R$ 804.000,00 para 100 m²  (U$ 1.500,00 o m² )

Preço para usar TV chega a R$ 11 mil

Além do aluguel do metro quadrado, a produtora também irá cobrar pela mobília e outros produtos usados. A tabela de preços mostra que para ter uma impressora no stand, as empresas terão que pagar R$ 6.021. O custo de uma televisão de 85 polegadas será de R$ 11.685,00.

Os valores ultrapassam em até seis vezes o preço de produtos semelhantes no mercado. No caso da impressora, por exemplo, o modelo disponibilizado custa em torno de R$ 800 para a compra.

Modelo de licitação não coloca limite de preços

Pelo acordo firmado com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), a RG também receberá R$ 86 milhões em verba pública para realizar o evento. O contrato, firmado após uma licitação, determina que a empresa tenha duas fontes de receita: a locação de áreas dentro da zona verde, e o dinheiro pago pelo governo.

Esse contrato não estabelece restrições sobre o preço máximo do metro quadrado cobrado pelos stands, o que é questionado por deputados da oposição. A deputada Adriana Ventura (Novo) entrou com uma representação  no Tribunal de Contas da União (TCU) alegando que o modelo de aluguel propõe uma venda casada. Para ela, os stands deveriam ter passado por um segundo processo licitatório.

No pedido ao TCU, ela pede que os preços passem por uma perícia e que a RG perca a exclusividade na exploração do espaço. A coluna entrou em contato com a produção da COP 30 questionando os valores e aguarda retorno.

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