Palestra sobre o STF acaba em pancadaria entre PM e universitários
A UFPR destacou que a palestra foi organizada por uma professora do curso de direito que tem autonomia para a promoção da atividade

Na noite dessa terça-feira (9/9), um protesto organizado por estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que se posicionaram contra uma palestra intitulada “O STF (Supremo Tribunal Federal) e a interpretação constitucional”, terminou em confusão.
Segundo a reitoria da UFPR, o evento estava programado para ocorrer no Salão Nobre do Setor de Ciências Jurídicas. No entanto, ao ser anunciado, o debate gerou questionamentos e manifestações contrárias, uma vez que parte dos universitários o classificou como “antidemocrático”.
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Diante dos questionamentos, a palestra, que contaria com a participação do vereador de Curitiba Guilherme Kilter (Novo) e do advogado e bolsonarista Jeffrey Chiquini, foi cancelado pela docente organizadora minutos antes de sua realização. Apesar da desistência da professora, os estudantes contrários à palestra teriam continuado a manifestação. Em dado momento, policiais militares teriam chegado ao local e, segundo os universitários, “atacado brutalmente” o grupo.
“Conforme vídeos, um grupo com os palestrantes forçou a entrada, empurrando o vice-diretor do setor, o que desencadeou uma série de reações que culminou em uma resposta desproporcional das forças de segurança pública em relação à comunidade que se manifestava”, escreveu a reitoria.
A UFPR destacou que o evento foi organizado por uma professora do curso de direito que tem autonomia para a promoção da atividade. “A autorização para uso dos espaços da universidade, quando atendidos os requisitos formais, é concedida de forma isonômica aos solicitantes.”
“A UFPR, enquanto instituição pública e plural, tem compromisso com a defesa do Estado Democrático de Direito, liberdade de expressão e condena toda forma de violência”, finalizou a reitoria.
“Ação fascista”
Em publicações nas redes sociais, os universitários declararam que os militares teriam usado “bombas, gás de pimenta e tiros de borracha contra jovens que exerciam o direito de manifestação.”
Segundo testemunhas, uma jovem foi atingida por uma bala de borracha e militantes foram detidos.
“Isso não é segurança pública, é violência de Estado, e autoritarismo puro! A autonomia universitária e o direito à manifestação foram violados e a democracia afrontada”, escreveram os universitários em nota.
A coluna procurou a Polícia Militar, mas não houve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
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A UFPR declarou que os policiais usaram "forças desproporcionais" Divulgação/DCE-UFPR
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