Para investigadores, mudança de versão sobre tornozeleira dificulta defesa de Bolsonaro

As mudanças de versão sobre a violação da tornozeleira eletrônica dificultam a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), avaliam investigadores ouvidos pelo blog.   Foram três versões até aqui, documentadas em registros oficiais:   bateu na escada; tentou abrir por curiosidade; tentou abrir porque teve um surto. Bateu na escada O Centro Integrado de Monitoração […]

Nov 24, 2025 - 19:30
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Para investigadores, mudança de versão sobre tornozeleira dificulta defesa de Bolsonaro

As mudanças de versão sobre a violação da tornozeleira eletrônica dificultam a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), avaliam investigadores ouvidos pelo blog.

 

Foram três versões até aqui, documentadas em registros oficiais:

 

bateu na escada;

tentou abrir por curiosidade;

tentou abrir porque teve um surto.

Bateu na escada

O Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME), órgão do governo do Distrito Federal, que controla remotamente Bolsonaro, recebeu à 0h07 do dia 22 de novembro o alerta indicando violação do dispositivo.

 

Imediatamente, foram acionadas a equipe de escolta que estava em frente à residência e a diretora do centro de monitoramento, Rita Gaio, que se dirigiu para a residência de Bolsonaro.

 

Os policiais penais não levaram nem 10 minutos para se encontrar com Bolsonaro.

 

A primeira versão que esses policiais receberam, segundo o relatório entregue pelo CIME, é de que Bolsonaro tinha batido o aparelho na escada.

‘Curiosidade’

Pouco tempo depois – provavelmente entre 0h40 e 0h50, segundo apurou o blog – o ex-presidente deu outra versão: admitiu que tentou violar o equipamento com um ferro de solda. A motivação, nas palavras do presidente, era “curiosidade”. Veja o diálogo e assista ao vídeo abaixo, gravado por Rita Gaio.

Diretora: Equipamento 85916-5. O senhor usou alguma coisa pra queimar?

Jair Bolsonaro: Meti um ferro quente aqui.

Diretora: Ferro quente?

Bolsonaro: Curiosidade.

Diretora: Que ferro foi? Ferro de passar?

Bolsonaro: Não. Ferro de soldar, solda.

Diretora: Ferro de soldar? Aquele que tem uma ponta?

Bolsonaro: Sim.

Diretora: Tá ok. O senhor tentar puxar a pulseira, também?

Bolsonaro: Não, não não, isso não. Não rompi a pulseira não.

Diretora: Pulseira aparentemente intacta, mas o case violado. Que horas o senhor começou a fazer isso, senhor Jair?

Bolsonaro: Já no final da tarde.

Diretora: Final da tarde? Tá certo. Essa tampa chegou a soltar, não?

Bolsonaro: Não. Tudo em paz, tudo na paz aqui.

Paranoia e alucinação

No dia seguinte, na audiência de custódia, já com a presença de advogado, Bolsonaro deu uma terceira versão: disse que estava estado de paranoia por conta de medicamentos, e que teve alucinação:

Bolsonaro respondeu que teve uma “certa paranoia” em razão de medicamentos que tem tomado. Ele citou pregabalina e sertralina, usados para tratamentos psiquiátricos, especialmente em casos de ansiedade e depressão.

 

Ele também disse que tem o sono “picado” e não dorme direito. Por isso, resolveu, com um ferro de soldar, mexer na tornozeleira, porque tem curso de operação desse tipo de equipamento.

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