PCC: “estrutura sofisticada” de lavagem de dinheiro é alvo de operação
Deic cumpre mandados de prisão e busca e apreensão contra organização acusada de lavar dinheiro para o PCC. Imóveis e bens foram bloqueados
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo realiza, na manhã desta quinta-feira (4/12), uma operação contra uma organização acusada de lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). São cumpridos 48 mandados de busca e apreensão e seis de prisão.
Segundo a investigação, os criminosos montaram uma estrutura sofisticada de lavagem de dinheiro de crimes como tráfico de drogas, estelionato e jogos de azar. Há indícios de que essa rede tenha ligação direta com o PCC, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Essa rede operava com três núcleos principais: coletores, responsáveis por arrecadar os valores ilícitos; intermediários, encarregados de movimentar e ocultar os recursos; e beneficiários finais, que recebiam o dinheiro já legitimado. Cada um deles com funções distintas e estruturadas para fazer com que o esquema funcionasse, segundo a pasta.
A Justiça determinou o sequestro de 49 imóveis, três embarcações e 257 veículos que estão em nome dos investigados. Pelo menos 20 pessoas físicas e outras 37 jurídicas tiveram as contas bloqueadas.
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“É uma das maiores operações já deflagradas pela Polícia Civil contra a lavagem de capitais. Os envolvidos no crime viviam uma vida de luxo e conseguiam milhões com a atividade ilícita. Hoje, nós avançamos contra essa rede criminosa”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Osvaldo Nico.
Os envolvidos e os itens apreendidos serão levados à 3ª Delegacia de Investigações Gerais, onde os casos serão registrados. “As ações seguem em andamento”, disse a SSP.
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