Planalto vê jogo de Motta para 2026 e deve acionar STF para manter IOF
Integrantes do Planalto enxergam um jogo político de Hugo Motta para 2026 com o IOF e avaliam acionar o STF para tentar manter o decreto

Integrantes do Palácio do Planalto avaliam que a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de votar a derrubada do IOF antes de o governo apresentar uma alternativa teria sido um “jogo político” mirando as eleições de 2026.
De acordo com auxiliares do presidente Lula ouvidos pela coluna sob reserva, a derrubada do decreto do IOF vai impedir o governo de tocar importantes programas sociais que podem ajudar Lula em sua tentativa de reeleição no próximo ano.
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Hugo Motta antecipou a votação do IOFBRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto2 de 4
Alcolumbre seguiu Motta e também pautou a propostaVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto3 de 4
Planalto vê jogo politico em decisão de MottaBRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto4 de 4
Motta é presidente da CamaraVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
Na quarta-feira (25/6), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que, com a derrubada do IOF, o governo não conseguirá dar andamento a programas como o “Auxílio Gás” e o “Pé-de-Meia”, marca da terceira gestão de Lula.
“Para compensar essa perda de receita, o bloqueio e contingenciamento, que já somam R$ 31 bilhões, tudo o mais constante, terá que ser elevado para R$ 41 bilhões, o que pode colocar em risco programas como Auxílio-Gás, Assistência Social, Minha Casa Minha Vida, Pé de Meia, entre outros”, escreveu Gleisi em sua conta oficial no X.
Judicialização
Incomodados com a derrubada do decreto, auxiliares de Lula no Palácio do Planalto e no Ministério da Fazenda já avaliam a possibilidade de judicializar a decisão do Congresso Nacional para manter o IOF. Uma das possibilidades é acionar o STF.
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Para integrantes do governo, a derrubada do decreto de Lula sobre o imposto não teria base jurídica. Nesse cenário, a única saída para o Executivo, que foi pego de surpresa com a decisão de Motta, seria mesmo acionar o Supremo Tribunal Federal.
O que aconteceu?
- Em anúncio que surpreendeu o Palácio do Planto e até lideranças da oposição, Motta comunicou, no final da noite da terça-feira (24/6), que o projeto de decreto legislativo que derruba as novas regras do imposto seria votado no dia seguinte, a quarta-feira (25/6).
- O projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados, com ajuda de deputados da base do governo, por 383 votos a 98.
- A decisão de Motta pegou governo e oposição de surpresa, na medida em que o presidente da Câmara havia prometido um prazo de duas semanas para o governo buscar alternativas ao IOF. Esse prazo se encerraria somente na sexta-feira (27/6).
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