Vídeo mostra alpinistas perto do corpo de Juliana na Indonésia
Agam Rinjani e Tyo Survival foram voluntários do resgate da brasileira e encararam muitos obstáculos na trilha

As condições para resgatar a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após cair em um vulcão da Indonésia, foram adversas. É o que mostra um vídeo com os alpinistas voluntários preparados para dormir a 3 metros do corpo de Juliana, no penhasco. Os profissionais passaram a noite na montanha do Monte Rinjani, para impedir que ela caísse de um penhasco de mais de 500 metros de altura.
Veja o vídeo:
No vídeo, é possível ver a equipe agasalhada com equipamentos específicos para alpinismo nas rochas. Havia risco para a equipe de resgate e também para Juliana de caírem ainda mais. Eles estavam a 590 metros de distância de altura. Âncoras também foram instaladas para que ninguém deslizasse mais.
“Depois de garantir que a vítima havia morrido, nossa equipe combinada de voluntários a protegeu e passou a noite em um penhasco vertical íngreme com condições rochosas instáveis a 3 metros da vítima, enquanto esperava outra equipe para retirá-la de cima”, escreveu Tyo, em post no instagram.
Agam Rinjani e Tyo Survival foram voluntários e encararam muitos impeditivos na trilha, incluindo as condições climáticas, como frio extremo, e a neblina, na descida pelo abismo.
“Sim, esta é a situação de dormir em um penhasco. Sim quero evacuar (o corpo de Juliana)”, disse um dos alpinistas pendurados próximo ao abismo durante o vídeo.
Entenda o caso
- Juliana Marins, de 26 anos, deslizou por uma vala enquanto fazia a trilha do vulcão Rinjani, em Lombok.
- Ela viajou para fazer um mochilão pela Ásia e estava na trilha com outros turistas, que contrataram uma empresa de viagens da Indonésia para o passeio.
- Após escorregar no caminho, ela só parou a uma distância de 300 metros de onde o grupo estava.
- Informações preliminares indicavam que a brasileira teria recebido socorro; a família, porém, desmentiu esses rumores. Juliana aguardava resgate há quatro dias.
- Por meio das redes sociais, a família da jovem confirmou que o salvamento foi interrompido nesta segunda-feira (23/6) por conta das condições climáticas na região.
- Na terça (24/6), Juliana foi encontrada morta.
A área em que a moradora de Niterói deslizou ficava a mais de 6 horas do início da trilha. O processo de resgate, entre o içamento e a chegada do corpo ao hospital, levou 15 horas de trabalho.
Quando chegou a noite, Agam alcançou o ponto onde o corpo estava e passou a madrugada, segurando a vítima no local para que o corpo não escorregasse mais.
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