Premiê da Itália diz ter sido denunciada ao Tribunal Penal Internacional por 'cumplicidade em genocídio'

Giorgia Meloni em 5 de abril de 2023 Remo Casilli/Reuters A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta terça-feira (7) que ela e dois ministros foram denunciados ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por suposta cumplicidade em genocídio, em relação à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em entrevista à emissora estatal RAI, Meloni disse que o ministro da Defesa, Guido Crosetto, e o das Relações Exteriores, Antonio Tajani, também foram citados na denúncia. “Não acredito que exista outro caso como este no mundo ou na história”, declarou Meloni. Ela não informou quem apresentou a denúncia. Meloni disse estar surpresa com a acusação e afirmou que qualquer pessoa que conheça a situação sabe que a Itália não autorizou novos envios de armas a Israel desde o início da guerra. A Itália é signatária do tratado que institui o TPI. Na teoria, isso permitiria que uma ordem condenatória da Corte fosse executada no território italiano — embora na prática possa haver barreiras legais ou constitucionais. Em novembro de 2024, o TPI emitiu mandados de prisão internacional contra Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, Yoav Gallant, ex-ministro da Defesa, e Mohammed Deif, líder do Hamas. Todos foram acusados de crimes de guerra. Israel não faz parte do tratado da Corte e rejeita as acusações. Nas últimas semanas, a Itália tem registrado uma série de manifestações nos últimos dias, com milhares de pessoas nas ruas para protestar contra a guerra em Gaza. Muitos dos manifestantes também criticaram o governo italiano. A gestão de Meloni, tradicionalmente aliada de Israel, tem tentado se distanciar da ofensiva, que classifica como “desproporcional”. Por outro lado, a Itália não seguiu o exemplo de outros países europeus e não reconheceu o Estado da Palestina. A ofensiva israelense em Gaza começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1,2 mil mortos e 251 reféns. A resposta israelense matou mais de 67 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo. LEIA TAMBÉM O que é o Tribunal Penal Internacional, e por que ele preocupa autoridades israelenses Trump diz que acordo de paz em Gaza entre Israel e Hamas 'está muito próximo' Milei faz 'show' de rock em lançamento de seu próprio livro em meio a crises política e econômica na Argentina Dois anos após massacre do Hamas, atos em Israel homenageiam vítimas VÍDEOS: mais assistidos do g1

Oct 7, 2025 - 18:00
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Premiê da Itália diz ter sido denunciada ao Tribunal Penal Internacional por 'cumplicidade em genocídio'

Giorgia Meloni em 5 de abril de 2023 Remo Casilli/Reuters A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta terça-feira (7) que ela e dois ministros foram denunciados ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por suposta cumplicidade em genocídio, em relação à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Em entrevista à emissora estatal RAI, Meloni disse que o ministro da Defesa, Guido Crosetto, e o das Relações Exteriores, Antonio Tajani, também foram citados na denúncia. “Não acredito que exista outro caso como este no mundo ou na história”, declarou Meloni. Ela não informou quem apresentou a denúncia. Meloni disse estar surpresa com a acusação e afirmou que qualquer pessoa que conheça a situação sabe que a Itália não autorizou novos envios de armas a Israel desde o início da guerra. A Itália é signatária do tratado que institui o TPI. Na teoria, isso permitiria que uma ordem condenatória da Corte fosse executada no território italiano — embora na prática possa haver barreiras legais ou constitucionais. Em novembro de 2024, o TPI emitiu mandados de prisão internacional contra Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, Yoav Gallant, ex-ministro da Defesa, e Mohammed Deif, líder do Hamas. Todos foram acusados de crimes de guerra. Israel não faz parte do tratado da Corte e rejeita as acusações. Nas últimas semanas, a Itália tem registrado uma série de manifestações nos últimos dias, com milhares de pessoas nas ruas para protestar contra a guerra em Gaza. Muitos dos manifestantes também criticaram o governo italiano. A gestão de Meloni, tradicionalmente aliada de Israel, tem tentado se distanciar da ofensiva, que classifica como “desproporcional”. Por outro lado, a Itália não seguiu o exemplo de outros países europeus e não reconheceu o Estado da Palestina. A ofensiva israelense em Gaza começou após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1,2 mil mortos e 251 reféns. A resposta israelense matou mais de 67 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo. LEIA TAMBÉM O que é o Tribunal Penal Internacional, e por que ele preocupa autoridades israelenses Trump diz que acordo de paz em Gaza entre Israel e Hamas 'está muito próximo' Milei faz 'show' de rock em lançamento de seu próprio livro em meio a crises política e econômica na Argentina Dois anos após massacre do Hamas, atos em Israel homenageiam vítimas VÍDEOS: mais assistidos do g1

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