Preso por morte de advogado cumpria pena por roubo ocorrido na região
Lucas Brás dos Santos, de 27 anos, é apontado como responsável por golpe que derrubou advogado Luiz Fernando Pacheco no centro de São Paulo

Um dos suspeitos presos por envolvimento na morte do advogado Luiz Fernando Pacheco, em Higienópolis, no centro de São Paulo, cumpria pena em regime semiaberto por roubo, que ocorreu a cerca de 1,5 km do local, em agosto de 2023. Na época, Lucas Brás dos Santos, de 27 anos, ficou preso preventivamente por dois meses, até o afrouxamento da medida cautelar. Em 2025, foi condenado a cinco anos e quatro meses em regime semiaberto.
O crime que levou à sentença foi cometido no Viaduto Nove de Julho, na Consolação. A vítima, uma mulher de 31 anos, caminhava pela região durante a madrugada quando dois homens se aproximaram e um deles puxou a bolsa que ela carregada, fazendo com que a vítima caísse no chão e lesionasse a mão. Na bolsa, estava o aparelho celular da vítima.
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Lucas Bras dos Santos, de 27Reprodução2 de 3
José Lucas Domigo Alves, de 23 anosReprodução3 de 3
Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus, de 45Reprodução
Lucas Brás foi preso por policiais militares. Em recognição visuográfica, a mulher confirmou que ele seria um dos suspeitos. Em depoimento, ele teria confessado o crime, dizendo que estava sob efeito de drogas.
No roubo que levou à morte do advogado Luiz Fernando Pacheco, Brás foi apontado pela Polícia Civil como o responsável por desferir o golpe que derrubou a vítima, fazendo com que Pacheco batesse a cabeça no chão. Ele agiu ao lado da companheira, Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus, de 45 anos, e do amigo José Lucas Domingos Alves, de 23.
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Entre os itens subtraídos, estão um iPhone 8 e um Rolex. Em depoimento, o suspeito disse que venderia o celular no Glicério, também na região central. Brás informou a Alves que teria ido a uma loja da Rolex na Avenida Paulista. No local, ele verificou que o relógio roubado da vítima é avaliado em R$ 94 mil.
Entenda a dinâmica do crime
Em interrogatório, José Lucas Domigo Alves, de 23 anos, afirmou que foi chamado pelo casal Lucas Brás dos Santos, 27, e Ana Paula Teixeira Pinto de Jesus, 45, para praticar roubos pelo centro de São Paulo.
O casal localizou a vítima na Rua Itambé, em Higienópolis, pouco antes da 1h da manhã. Alves disse, no entanto, que não estava presente no momento do crime pois teria desistido da ação. Ele não aparece nas imagens das câmeras de segurança que registraram o assalto.
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O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza PachecoReprodução/OAB2 de 8
O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza PachecoReprodução/OAB3 de 8
O advogado criminalista Luiz Fernando Sá e Souza PachecoReprodução/OAB4 de 8
Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrerMaterial cedido ao Metrópoles5 de 8
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Luiz Fernando Pacheco foi agredido e roubado antes de morrerMaterial cedido ao Metrópoles
Interrogada, Ana Paula confirmou que o companheiro saiu pela manhã para vender os objetos, mas disse não saber se o negócio foi feito. Já Brás afirmou que a venda não foi fechada. Porém, não soube dizer onde estariam os pertences do advogado.
De acordo com o relatório policial, a localização do celular de Pacheco batia com o local em que os suspeitos foram encontrados: um estabelecimento que fornece refeições para populações vulneráveis, próximo ao Terminal Bandeira.
Vídeo completo mostra agressão e roubo
Imagens mostram o momento em que Pacheco é abordado na esquina das ruas Itambé e Maranhão. É possível ver o assaltante pegar algo do bolso do advogado, que resiste em entregar. Depois, o suspeito dá um soco na vítima, que cai no chão. A cena é acompanhada de perto pela mulher que acompanha o assaltante.
Veja:
Um carro passou pelo local e viu Pacheco caído no chão. O motorista desceu do veículo e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, em seguida, a Polícia Militar (PM) para socorrê-lo. “Demoraram 40 minutos para estar no local”, disse ao Metrópoles o advogado e amigo da vítima, Ivan Filler Calmanovici.
O motorista também prestou depoimento à polícia. Em interrogatório, ele afirmou que viu Pacheco convulsionando após cair e bater a cabeça no chão. Quando os policiais militares chegaram, o advogado já estava morto.
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