Recuo de Trump foi positivo e vamos procurar novos cortes, diz Alckmin
Governo dos EUA reduziu tarifas para o café, carnes e frutas após "considerar as informações e recomendações" fornecidas por autoridades
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse, neste sábado (15/11), que o anúncio dos Estados Unidos sobre a redução nas tarifas de 50% impostas à importação de café, carnes e frutas- alguns dos itens mais afetados pelo tarifaço imposto ao Brasil em agosto, foi positiva e que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai “continuar trabalhando para reduzir mais”.
De acordo com o governo norte-americano, a medida tem efeito retroativo e passou a valer a partir da 00h01 dessa quinta-feira (13/11). A redução, nesse caso, refere-se apenas à tarifa recíproca de 10%, aplicada por Trump em 2 de abril deste ano. A taxa adicional de 40% contra o Brasil, oficializada pelo republicano no final de julho, segue valendo.
“Primeiro, nós vamos continuar trabalhando para reduzir mais. No caso do café, não faz sentido, pois a tarifa ainda é alta, é de 40%, e o Brasil é o maior fornecedor para os Estados Unidos. São avanços sucessivos, vem uma avenida pela frente ainda de trabalho”, disse.
O recuo parcial de Trump se deu após “considerar as informações e recomendações” fornecidas por autoridades, o andamento de negociações com parceiros comerciais e demandas do mercado interno. Na quinta-feira (13/11), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Washington D.C. para dar sequência às negociações sobre o tarifaço.
Segundo o chanceler trumpista, ambos discutiram “assuntos de importância mútua” e destacou a construção de um “quadro de reciprocidade” para a relação comercial entre os dois países. Ambos deverão ter uma nova rodada de negociações em breve. Ao mesmo tempo, após o anúncio na redução tarifária, Trump disse não considerar necessário fazer novos cortes.
Questionado sobre uma viagem de uma comitiva brasileira para os EUA, Alckmin não descartou que o governo Lula vá ao país para tentar novas negociações, mas disse que, por ora, não há nada marcado.
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