Retorno de Trump sobre tarifas frustra expectativa do Planalto
Governo Lula esperava uma sinalização mais robusta da gestão Trump em relação a questões comerciais, em especial ao setor do agronegócio
O Palácio do Planalto não está satisfeito com a redução de 10% anunciada pelos Estados Unidos a alguns produtos brasileiros. Como a coluna informou, o governo Lula enviou um documento de reivindicações aos Estados Unidos na terça (04/11), mas boa parte das questões colocadas ainda permanece sem resposta.
Segundo um embaixador envolvido nas negociações, o Brasil aguarda retorno em relação às tarifas aplicadas pelo governo Trump sobre carne bovina, açúcares e equipamentos de engenharia, como metais. Diplomatas brasileiros demonstram frustração com a demora.
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Marco Rubio e Mauro Vieira em Washington Divulgação/Redes Sociais 
O ministro da Fazenda, Fernando HaddadVINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
Chanceler brasileiro, Mauro VieiraIgo Estrela/Metrópoles @igoestrela
Integrantes do Planalto afirmam que Lula está “frustrado” com o andamento das discussões e planeja ligar diretamente para Trump nos próximos dias, para tentar reverter a sobretaxa de 40% e revogar a Lei Magnitsky aplicada pela Casa Branca contra o ministro Alexandre de Moraes (STF). Até o momento, Washington se mostra irredutível quanto a retirar a sanção imposta ao magistrado da Suprema Corte.
O chanceler Mauro Vieira se reunirá até o final deste mês com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e com o responsável pela área comercial dos EUA, Jamieson Greer. Também está prevista a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Cenário indefinido
O governo brasileiro aposta no fortalecimento das relações com os Estados Unidos como parte de uma estratégia mais ampla para ampliar sua influência econômica e política no cenário global.
A expectativa é que os próximos dias tragam mais clareza sobre a disposição do governo Trump em atender às reivindicações feitas pelo Brasil.
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