Saiba quem são os irmãos que sugaram petróleo e enriqueceram no Rio

Na última semana, a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro deflagrou uma ação policial para realizar buscas e apreensões em endereços lig

Oct 4, 2025 - 06:00
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Saiba quem são os irmãos que sugaram petróleo e enriqueceram no Rio

Personagens conhecidos da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) pela atuação estruturada e persistente no setor de furto de petróleo em dutos da Transpetro, Marcio Pereira Gabry e Mauro Pereira Gabry, os “Irmãos Gabry”, são considerados chefes de uma quadrilha que atuou por anos em diferentes regiões do RJ.

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Os irmãos, além de um de seus funcionários, identificado como Franz Dias Costa, foram alvo de uma operação deflagrada em julho deste ano. O objetivo era colocar os criminosos atrás das grades.

Em 2 de julho deste ano, Marcio Pereira foi preso em Além Paraíba, município localizado no interior de Minas Gerais (MG), área que faz divisa com o estado do Rio.

O mandado de prisão contra Franz, que já estava preso, foi cumprido no mesmo dia. O terceiro investigado, contudo, Mauro Pereira, permanece foragido.

O perfil dos criminosos

Além do envolvimento com furto de petróleo, Marcio Gabry também possui anotações criminais por jogos de azar na cidade de Três Rios, Rio de Janeiro (RJ).

Em 2017, foi flagrado em posse de três máquinas caça-níquel. Um ano depois, foi autuado pelos crimes. Já em 2019, seu nome apareceu pela primeira vez nas investigações no âmbito dos furtos nos dutos da Transpetro. Ele foi preso naquela época.

Os mandados de prisão expedidos neste ano, porém, não são os primeiros que tem os irmãos como alvo.

Atualmente foragido, Mauro já foi preso duas vezes, uma em flagrante por furto de petróleo, em 2019, e outra preventivamente, em maio de 2022, no âmbito da operação “Ratoeira”, por integrar organização criminosa especializada em derivação clandestina.

Já Franz Dias Costa foi preso em flagrante em 2017 por receptação qualificada de petróleo oriundo dos dutos da Transpetro. À época, duas carretas foram interpeladas pela Polícia Militar em Magé, RJ, carregadas com o produto.

Em 2022 ele também foi alvo da operação Ratoeira. Naquele período, Franz atuava como motorista dos caminhões usados para transportar o petróleo furtado.

Como agia a quadrilha:

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Persistentes

Apesar de terem figurado no centro de investigações por mais de uma vez e terem sido presos pela polícia em diferentes períodos, os irmãos não pararam.

Conforme apontam os investigadores, eles “atuaram de forma estruturada e persistente ao longo dos últimos anos”.

Em agosto do ano passado, uma tentativa de furto de petróleo bruto na região de Rio das Flores, culminou na instauração de uma investigação. À época, foi localizado um túnel de sete metros de extensão, projetado para acessar a tubulação clandestinamente.

“A perfuração do duto foi identificada num local próximo ao Rio Paraíba do Sul. Então, se houvesse um vazamento, estaríamos diante de uma das maiores tragédias ambientais do país”, declarou o delegado Pedro Brasil, titular da DDSD.

O grupo, liderado pelos Gabry, utilizava veículos alugados em nome de terceiros, movimentava recursos por meio de contas bancárias de laranjas e adotava comunicações criptografadas para ludibriar a polícia.

Ainda de acordo com a polícia, o bando também furtou petróleo na Bahia (BA), no Espírito Santo (ES) e em Minas Gerais (MG). 2 imagensA escavação encontrada tinha mais de 7 metrosFechar modal.1 de 2

O delegado detalhou que a estrutura foi montada próxima a um importante rioMaterial cedido ao Metrópoles2 de 2

A escavação encontrada tinha mais de 7 metrosMaterial cedido ao Metrópoles

Crime dizimado no RJ

Em um resultado histórico das investigações — que se tornaram referência ao longo do país — atualmente o Rio não conta com nenhum esquema de furto de petróleo ativo nos dutos. O marco é fruto da atuação integrada da Polícia Civil e da Transpetro, que combinou inteligência policial, monitoramento especializado e operações contínuas em campo.

A autoridade policial salientou que a própria petrolífera considera o trabalho de investigação uma referência nacional, que pode servir de modelo para outros estados.

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