São Paulo registra 3ª maior rajada de vento da história. Veja ranking
Rajadas de vento atingiram velocidade de 98km/h em São Paulo nessa quarta-feira (10/12), apontou a Defesa Civil
A cidade de São Paulo registrou, nessa quarta-feira (10/12), a terceira maior rajada de vento da história do município, desde que a Defesa Civil passou a registrar as informações, em 1995. Os ventos atingiram velocidade de 98 km/h em meio a um ciclone extratropical.
No começo da tarde desta quinta-feira (11/12), a velocidade do vento estava em 72.4km/h no Mirante de Santana, na região da zona norte de São Paulo, e em 64.8km/h na região do Aeroporto de Congonhas, na zona sul, causando atrasos em diversos voos, assim como em Guarulhos.
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Árvores caem sobre carros no IbirapueraRedes sociais/Reprodução
Árvores caem sobre carros no IbirapueraRedes sociais/Reprodução
Avenida Brasil, sentido Parque do IbirapueraRedes sociais/Reprodução
Árvores caem sobre carros na zona sul de SPJéssica Bernardo/Metrópoles
Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/Reprodução
Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/Reprodução
Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/Reprodução
Estragos da ventania atingiram São BernardoRedes sociais/Reprodução
Corpo de Bombeiros recebeu mais de 500 chamados para queda de árvores. Carros, ônibus e vias ficaram bloqueados após a ventaniaRedes sociais/Reprodução
Ventania derrubou árvores na zona sul de São PauloRedes sociais/Reprodução
Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/Reprodução
Ventania derrubou árvores em São PauloRedes sociais/Reprodução
Segundo a Enel, cerca de 2,2 milhões de imóveis chegaram a ficar sem energia elétrica simultaneamente, na tarde dessa quarta. Até o início da noite desta quinta, mais de 890 mil clientes ainda estavam com o fornecimento interrompido.
Mais de 514 chamados para quedas de árvores foram feitos à Defesa Civil até o começo da noite de quinta-feira, de acordo com o órgão.
O vento intenso é causado por um ciclone extratropical no litoral do Rio Grande do Sul que exerce influência no estado de São Paulo. A previsão da Defesa Civil para o início desta quinta era de elevação nas temperaturas e novas rajadas, sem chuvas significativas.
O ranking de rajadas de vento em São Paulo
- 1º – 107km/h (11 de outubro de 2024): esta foi a rajada de vento mais forte já registrada pela Defesa Civil de São Paulo desde 1995, quando teve início a série histórica de dados do órgão.
- 2º – 103km/h (3 de novembro de 2023): na época, estragos na rede elétrica impactaram o fornecimento de luz por mais de uma semana em vários bairros da Grande São Paulo.
- 3º – 98km/h (10 de dezembro de 2025): São Paulo foi alvo dos efeitos gerados por um amplo e intenso ciclone extratropical que se formou no litoral sul do país.
Dados do Inmet destoam
As velocidades registradas pela Defesa Civil de São Paulo destoam, no entanto, daquelas informadas em nota pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ao Metrópoles.
Segundo o órgão, a rajada de vento registada pela estação automática de Mirante de Santa em São Paulo foi de 82,8 km/h nessa quarta-feira.
Os dados históricos da estação, que começou a operar em 2006, mostram que a ventania mais forte no município foi de 101,2 km/h, em 25 de novembro de 2010.
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Efeito das mudanças climáticas
Segundo especialistas, as rajadas de vento cada vez mais fortes e frequentes são um reflexo das mudanças climáticas. Os fatores que confirmam a alteração do clima são monitorados e amplamente registrados pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), como apontou a meteorologista Andrea Ramos.
“A gente está tendo um aumento gradual da temperatura média, ano em ano. 2023 e 2024 foram considerados os anos mais quentes. Já esse primeiro semestre de 2025 já está aí como um dos mais quentes também”, disse Andrea.
“E essa questão de extremos estão cada vez mais frequentes e, além disso, estão aumentando em intensidade. Então, está relacionada com essa mudança que a gente está verificando nessa última década”, completou.
A ciência já vem mostrando, por meio de estudos, o crescente aumento na intensidade dos eventos severos, apontou a meteorologista Maria Clara Sassaki, porta-voz da Tempo OK.
“As ondas de calor estão atingindo magnitudes e frequências maiores. Eventos de seca severa e tempestades também têm sido mais severas nos últimos anos, especialmente nos últimos 20 anos. Isso tudo pode estar relacionado com uma maior quantidade de energia na atmosfera”, avalia.
No entanto, é sempre importante avaliar períodos históricos, e não apenas um evento isolado como o dessa quarta-feira, ou mesmo dos últimos anos, alertou Sassaki.
“Existem fatores que também devem ser levados em consideração, como a alteração na geografia das regiões, por exemplo, seja por efeito antropogênico ou por efeito natural mesmo. Essa alteração pode modificar a intensidade dos eventos meteorológicos”, explicou a especialista.
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