Senadores e deputados repercutem Selic a 15%: “Indecente”
O Copom subiu a taxa de juros para 15% ao ano, a sétima alta seguida. A taxa subiu de 14,75% ao ano para 15% ao ano

Parlamentares governistas e de oposição reagiram à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), desta quarta-feira (18/6), de elevar a taxa básica de juros a 15% ao ano.
O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), rechaçou a decisão. “A taxa de 15% é indecente, proibitiva e desestimula investimentos produtivos”, disse.
Lindbergh ainda afirmou que a elevação, a sétima alta seguida, transforma “o Brasil no paraíso dos rentistas: quem vive de juros ganha, quem trabalha perde”. “Falam muito de ajuste fiscal e da dívida pública. Mas o crescimento da dívida não vem dos programas sociais com saúde ou educação — vem do pagamento de juros”, frisou.
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Rogério Correia (PT-MG), que é presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, disse que cada ponto percentual da Selic custa R$ 38 bilhões aos cofres públicos. “Esse dinheiro vai direto para os bancos, para o sistema financeiro e para os juros da dívida”, explicou.
“Falam em responsabilidade fiscal, mas não há qualquer sinal de que o compromisso com o crescimento do país seja compartilhado por todos os atores”, disse Correia.
Do lado da oposição, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) atrelou a elevação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Enquanto o Lula gasta em viagens, ministérios inúteis e mamata para artistas amigos da esquerda, o brasileiro vê o sonho de um financiamento se tornar um pesadelo”, disse.
Já a senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou que a elevação dificulta o Plano Safra 25/26. “O Copom diz que não pode baixar a taxa porque a questão fiscal preocupa e as projeções de inflação a longo prazo estão longe da meta. E agora? Lula vai reclamar do ‘seu’ BC?”, disse.
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