Sesap anuncia medida emergencial para reabrir UTIs infantis no Maria Alice: “Crise de abastecimento”
O secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Alexandre Motta, afirmou que a Sesap adotou medidas emergenciais para garantir o abastecimento de insumos e a reabertura dos leitos de UTI do Hospital Infantil Maria Alice Fernandes, na Zona Norte de Natal. A unidade teve sete leitos bloqueados — cinco neonatais e dois pediátricos — […]


O secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Alexandre Motta, afirmou que a Sesap adotou medidas emergenciais para garantir o abastecimento de insumos e a reabertura dos leitos de UTI do Hospital Infantil Maria Alice Fernandes, na Zona Norte de Natal. A unidade teve sete leitos bloqueados — cinco neonatais e dois pediátricos — por falta de medicamentos e materiais, situação denunciada pelo Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern) e alvo de ação conjunta do Ministério Público, Defensoria Pública e do próprio Conselho.
“Estamos vivendo uma crise de abastecimento de insumos por lá. Nesse final de semana, juntamos as demais unidades que contam com o serviço de pediatria, conseguimos transferir para aquela unidade alguns insumos, mas isso não foi suficiente”, disse Motta. Segundo ele, “para garantir o abastecimento completo, pleno e a garantia de abertura dos leitos de UTI neonatal e UTI UCINCo”, a Sesap recorreu à requisição administrativa junto a empresas fornecedoras, com pagamento imediato para assegurar a entrega dos materiais.
O Cremern apontou que o bloqueio decorre do não pagamento a fornecedores e que a situação já teria resultado na morte de uma criança no interior do Estado. “Não existe outro serviço no Estado com vagas disponíveis para suprir a demanda. Já houve caso de criança que precisava de UTI e morreu por não conseguir transferência”, disse o presidente da entidade, Marcos Jácome, alertando para o risco de “mais mortes evitáveis” caso não haja solução imediata.
O MPRN, a DPE/RN e o Cremern ingressaram com requerimento na Justiça Federal pedindo que a Sesap regularize a capacidade de atendimento do hospital em até 48 horas. As instituições também solicitam informações e cronograma para ativar 10 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCINCo) já estruturados, mas sem funcionamento por falta de recursos.
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