Shutdown: mais de 800 voos são cancelados nos EUA em dia de caos aéreo por paralisação do governo Trump
EUA vão cancelar 10% dos voos dos 40% aeroportos mais movimentados Mais de 800 voos domésticos nos Estados Unidos já foram cancelados nesta sexta-feira (7) por conta da falta de funcionários provocada pelo shutdown do governo Trump, uma paralisação decorrente de impasse no Congresso. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Os cancelamentos ocorrem após o Departamento de Transportes dos EUA ter determinado, na quarta-feira (5), a redução de 10% dos voos no país por conta da falta de trabalhadores, começando com 4% nesta sexta e com um aumento gradual nos próximos dias. A princípio, a medida não impacta voos para o Brasil, porque o corte se deu apenas em voos domésticos. A paralisação, por conta de um impasse entre republicanos e democratas para aprovar o Orçamento de 2026 no Congresso, começou a afetar funcionários de aeroportos e controladores de voos. O shutdown já é o maior da história do país (leia mais abaixo). Até esta manhã, ao menos 824 voos saindo ou chegando nos EUA ou com origem e destino dentro do país já haviam sido cancelados, segundo o site de monitoramento de voos FlightAware —para efeitos de comparação, foram cerca de 200 cancelamentos na quinta. Mais de 1.100 voos no país sofreram atrasos nesta sexta, ainda segundo a plataforma. Cerca de 40 aeroportos por todo o país foram afetados pelos cancelamentos. Segundo o FlightAware, os aeroportos com o maior número de cancelamentos até a manhã desta sexta eram os de Chicago e de Atlanta, mas também há registros em outros grandes aeroportos, como o internacional de Los Angeles. Confira, no mapa mais abaixo, todos os aeroportos afetados. Já entre as companhias aéreas com maior índice de voos cancelados nesta sexta estão as seguintes, de acordo com o FlightAware: Skywest; Southwest; Republic Airlines; Endeavor Airlines; United Airlines; Delta Airlines. O número de voos cancelados nos EUA ainda deve aumentar ao longo do dia. Isso porque a Delta afirmou que cancelaria cerca de 170 voos nesta sexta e a American Airlines disse planejar cortar 220 voos por dia até segunda-feira —números mais altos que os registrados pelas companhias nesta sexta, segundo o FlightAware. A aviação está sendo prejudicada pelo shutdown do governo dos EUA devido à falta de trabalhadores que atuam no controle aéreo. Os controladores de voo, que já trabalhavam no limite por conta da falta de pessoal, estão desde o dia 1º de outubro trabalhando sem receber, e muitos começaram a faltar ao serviço. ▶️ Contexto: A paralisação no governo, também conhecida como "shutdown", entra no 38º dia nesta sexta-feira. Essa já é a mais longa da história do país e afeta uma série de serviços públicos. A paralisação ocorre quando o Congresso não aprova o orçamento federal dentro do prazo. Com isso, o governo fica sem dinheiro para manter serviços e pagar servidores federais. No centro do impasse está a saúde. Os democratas, opositores de Donald Trump, afirmam que só aprovarão o projeto se programas de assistência médica forem prolongados. O governo precisa de 60 votos no Senado para aprovar o orçamento, mas apenas 53 senadores são do mesmo partido do presidente. Trump tem colocado a culpa da paralisação nos democratas. Nas redes, contas do governo afirmam que a oposição escolheu o "caos" e está prejudicando o país. Leia mais abaixo. O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a pedir nesta sexta-feira que os republicanos do Senado acabem com o filibuster, um mecanismo legislativo que dá poder à minoria e busca prevenir o autoritarismo no governo americano. "Apenas digam ON (Opção Nuclear). Acabem com o filibuster", afirmou Trump em publicação no Truth Social. ✈️ Diante da crise, o secretário de Transportes, Sean Duffy, determinou que 4% dos voos fossem cancelados a partir das 8h (horário de Brasília) desta sexta-feira. Esse percentual deve subir para 10% até o dia 14 de novembro. Até esta sexta, mais de 650 voos já haviam sido cancelados. A expectativa é que esse número aumente. A analista de aviação Cirium estimou que até 1.800 voos sejam cancelados por dia, o que impactaria até 268 mil passageiros diariamente. Além dos cancelamentos, passageiros também devem enfrentar atrasos, que têm se tornado cada vez mais comuns. Apenas na quinta-feira (6), mais de 5.500 mil atrasos e 160 cancelamentos foram registrados no país, segundo o site FlightAware. A imprensa americana relata ainda que os passageiros estão enfrentando longas filas nos controles de segurança por causa da falta de funcionários. Duffy afirmou que novas medidas podem ser adotadas se a paralisação se prolongar. Antes mesmo do shutdown, o setor aéreo dos Estados Unidos já sofria com a falta de trabalhadores. Em entrevista à Reuters, o presidente da Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo, Nick Daniels, disse que os servidores estão buscando outros empregos para conseguir pagar as contas. A redução no número de voos nos Estados Unidos ocorre a poucas semanas da temporada de férias e do feriado de Açã

EUA vão cancelar 10% dos voos dos 40% aeroportos mais movimentados Mais de 800 voos domésticos nos Estados Unidos já foram cancelados nesta sexta-feira (7) por conta da falta de funcionários provocada pelo shutdown do governo Trump, uma paralisação decorrente de impasse no Congresso. ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Os cancelamentos ocorrem após o Departamento de Transportes dos EUA ter determinado, na quarta-feira (5), a redução de 10% dos voos no país por conta da falta de trabalhadores, começando com 4% nesta sexta e com um aumento gradual nos próximos dias. A princípio, a medida não impacta voos para o Brasil, porque o corte se deu apenas em voos domésticos. A paralisação, por conta de um impasse entre republicanos e democratas para aprovar o Orçamento de 2026 no Congresso, começou a afetar funcionários de aeroportos e controladores de voos. O shutdown já é o maior da história do país (leia mais abaixo). Até esta manhã, ao menos 824 voos saindo ou chegando nos EUA ou com origem e destino dentro do país já haviam sido cancelados, segundo o site de monitoramento de voos FlightAware —para efeitos de comparação, foram cerca de 200 cancelamentos na quinta. Mais de 1.100 voos no país sofreram atrasos nesta sexta, ainda segundo a plataforma. Cerca de 40 aeroportos por todo o país foram afetados pelos cancelamentos. Segundo o FlightAware, os aeroportos com o maior número de cancelamentos até a manhã desta sexta eram os de Chicago e de Atlanta, mas também há registros em outros grandes aeroportos, como o internacional de Los Angeles. Confira, no mapa mais abaixo, todos os aeroportos afetados. Já entre as companhias aéreas com maior índice de voos cancelados nesta sexta estão as seguintes, de acordo com o FlightAware: Skywest; Southwest; Republic Airlines; Endeavor Airlines; United Airlines; Delta Airlines. O número de voos cancelados nos EUA ainda deve aumentar ao longo do dia. Isso porque a Delta afirmou que cancelaria cerca de 170 voos nesta sexta e a American Airlines disse planejar cortar 220 voos por dia até segunda-feira —números mais altos que os registrados pelas companhias nesta sexta, segundo o FlightAware. A aviação está sendo prejudicada pelo shutdown do governo dos EUA devido à falta de trabalhadores que atuam no controle aéreo. Os controladores de voo, que já trabalhavam no limite por conta da falta de pessoal, estão desde o dia 1º de outubro trabalhando sem receber, e muitos começaram a faltar ao serviço. ▶️ Contexto: A paralisação no governo, também conhecida como "shutdown", entra no 38º dia nesta sexta-feira. Essa já é a mais longa da história do país e afeta uma série de serviços públicos. A paralisação ocorre quando o Congresso não aprova o orçamento federal dentro do prazo. Com isso, o governo fica sem dinheiro para manter serviços e pagar servidores federais. No centro do impasse está a saúde. Os democratas, opositores de Donald Trump, afirmam que só aprovarão o projeto se programas de assistência médica forem prolongados. O governo precisa de 60 votos no Senado para aprovar o orçamento, mas apenas 53 senadores são do mesmo partido do presidente. Trump tem colocado a culpa da paralisação nos democratas. Nas redes, contas do governo afirmam que a oposição escolheu o "caos" e está prejudicando o país. Leia mais abaixo. O presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a pedir nesta sexta-feira que os republicanos do Senado acabem com o filibuster, um mecanismo legislativo que dá poder à minoria e busca prevenir o autoritarismo no governo americano. "Apenas digam ON (Opção Nuclear). Acabem com o filibuster", afirmou Trump em publicação no Truth Social. ✈️ Diante da crise, o secretário de Transportes, Sean Duffy, determinou que 4% dos voos fossem cancelados a partir das 8h (horário de Brasília) desta sexta-feira. Esse percentual deve subir para 10% até o dia 14 de novembro. Até esta sexta, mais de 650 voos já haviam sido cancelados. A expectativa é que esse número aumente. A analista de aviação Cirium estimou que até 1.800 voos sejam cancelados por dia, o que impactaria até 268 mil passageiros diariamente. Além dos cancelamentos, passageiros também devem enfrentar atrasos, que têm se tornado cada vez mais comuns. Apenas na quinta-feira (6), mais de 5.500 mil atrasos e 160 cancelamentos foram registrados no país, segundo o site FlightAware. A imprensa americana relata ainda que os passageiros estão enfrentando longas filas nos controles de segurança por causa da falta de funcionários. Duffy afirmou que novas medidas podem ser adotadas se a paralisação se prolongar. Antes mesmo do shutdown, o setor aéreo dos Estados Unidos já sofria com a falta de trabalhadores. Em entrevista à Reuters, o presidente da Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo, Nick Daniels, disse que os servidores estão buscando outros empregos para conseguir pagar as contas. A redução no número de voos nos Estados Unidos ocorre a poucas semanas da temporada de férias e do feriado de Ação de Graças, quando milhares de pessoas viajam para se reunir com suas famílias. Entenda o que é o 'shutdown' do governo dos EUA, que pode gerar cancelamentos de voos no país Voos do Brasil e aeroportos afetados Aviões da companhia aérea American Airlines no aeroporto internacional de Phoenix, no Arizona, nos EUA, em 24 de dezembro de 2024. Ross D. Franklin/ AP Por enquanto, segundo a imprensa americana, as companhias aéreas devem manter voos internacionais operando normalmente. Ou seja, voos do Brasil para os Estados Unidos, e vice-versa, não devem ser cancelados por causa da paralisação. Ao todo, 40 aeroportos devem ser afetados pela ordem do Departamento de Transportes, incluindo os maiores dos Estados Unidos. Na lista, por exemplo, estão terminais de Nova York, Los Angeles, Chicago, Miami e Dallas. Em entrevista à NBC News, Jeff Guzzetti, investigador de acidentes aéreos que já trabalhou na FAA, disse que a redução no número de voos nessa magnitude é algo inédito nos EUA. “A comparação mais próxima seria o fechamento do espaço aéreo durante o 11 de setembro”, disse, referindo-se aos ataques terroristas de 2001. Segundo o especialista, a medida é necessária para reduzir o risco de acidentes diante da falta de controladores aéreos. Por outro lado, as companhias aéreas e o comércio devem sofrer um grande impacto econômico. Governo culpa oposição Voo da Alaska Airlines decola do Aeroporto Internacional de Los Angeles, em 6 de novembro de 2025 REUTERS/Mike Blake Em posts nas redes sociais, o governo Trump está culpando o Partido Democrata pelo potencial caos nos aeroportos. Um perfil da Casa Branca publicou que os opositores "escolheram o caos". Initial plugin text "O shutdown passou agora da farsa para a tragédia, e as consequências dessa emergência nacional recaem sobre cada senador e deputado que se recusa a 'reabrir' o governo", publicou.
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