Tarifaço: BNDES anuncia R$ 10 bi extras para empresas menos afetadas

Novas linhas de crédito serão aplicadas, além dos R$ 30 bi anunciados pelo governo federal, e vão atender empresas com impacto abaixo de 5%

Agosto 22, 2025 - 18:30
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Tarifaço: BNDES anuncia R$ 10 bi extras para empresas menos afetadas

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta sexta-feira (22/8) que serão liberadas linhas extras de crédito no valor de R$ 10 bilhões para empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos, além dos R$ 30 bilhões já anunciados pelo governo federal na semana passada.

De acordo com ele, as novas linhas estarão disponíveis para empresas menos prejudicadas, com impacto abaixo de 5% do faturamento, enquanto os R$ 30 bilhões serão destinados para as empresas mais afetadas,com índice acima de 5%. Mercadante afirmou, ainda, que o crédito deve começar a ser liberado a partir do dia 15 de setembro.

“A orientação do presidente Lula é que ninguém fique para trás”, disse ele. Segundo Mercadante, o esforço feito pelo governo é para manter as empresas, mas principalmente os empregos.

Confira as linhas de crédito apresentadas pelo BNDES nesta sexta:

  • Giro Emergencial Complementar: financiamento para gastos operacionais gerais. – Taxa de juros (LCD): 1,15% a.m. + spread bancário. – Prazo: até cinco anos, incluindo até um ano de carência.
  • Giro Diversificação Complementar: financiamento para busca de novos mercados. Taxa de juros (FAT Cambial): 0,29% a.m. + variação do dólar + spread bancário. Prazo: até sete anos, incluindo até um ano de carência.

De acordo com Mercadante, as linhas do BNDES estão prontas. “Com as linhas do BNDES, todas as empresas impactadas poderão ter acesso ao crédito”, reforçou.

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Plano anunciado pelo governo

O Plano Brasil Soberano apresentado pelo governo na semana passada, antes do anúncio do BNDES, prevê a criação de uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas exportadoras, além do fortalecimento do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) e da criação de mecanismos que tornem a abertura para novos mercados mais viável e segura para pequenos exportadores.

De acordo com a Medida Provisória, as linhas poderão consistir em financiamentos a:

  • Capital de giro para produtores e pessoas jurídicas exportadoras impactados pela imposição de tarifas adicionais sobre as exportações brasileiras aos Estados Unidos da América.
  • Aquisição de bens de capital ou investimento para adaptação da atividade produtiva de produtores e pessoas jurídicas exportadoras impactados pela imposição das tarifas.
  • Investimentos que propiciem adensamento da cadeia produtiva com vistas à ampliação das exportações e à abertura de novos mercados para os produtos e os serviços brasileiros exportados.
  • Investimentos em inovação tecnológica ou adaptação de produtos, serviços e processos com vistas à ampliação das exportações e à abertura de novos mercados para os produtos e os serviços brasileiros exportados.
  • Outras hipóteses relacionadas ao financiamento ao comércio exterior, inclusive fornecedores, conforme estabelecido em ato conjunto dos ministros de Estado da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A fonte de recursos para essas linhas de crédito será através do superávit do Fundo Garantidor à Exportação (FGE). Hoje, o FGE tem superávit de R$ 50 bilhões, dos quais R$ 30 bilhões serão destinados para o financiamento de indústrias prejudicadas pelas tarifas de Donald Trump.

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